Ubatuba em foco

Cascata do Ipiranguinha,maior ponto de referência do bairro

Experiência utilizada na comunidade fortalece Comitê de Mobilização Social pela Educação

Rui Grilo
No dia 18/11, realizamos uma reunião no Convento das Irmãs Carmelitas do Divino Coração de Jesus, da qual participaram a Sra. Celeste, da Ong Gaiato, o Padre Moisés, a Irmã Verônica, o Gerson Florindo do Sindicato dos Bancários.

Ao final da reunião decidimos fazer uma reunião ampliada no dia 09/12 na Escola Municipal “Mario Covas” porque já havia uma equipe para dar início à instalação do Comitê de Mobilização pela Educação do Ipiranguinha.

A Sra. Celeste é uma das responsáveis pela existência do Gaiato, uma ong que desenvolve projetos com crianças e jovens carentes e em situação de risco.

O Padre Moisés é novo no bairro mas se prontificou a ajudar no que for possível.

A Irmã Verônica relatou que o objetivo principal da sua Congregação no bairro seria o trabalho com creches e crianças pequenas mas, junto com outros membros da comunidade, se aproximou de uma das escolas do bairro e vendo a dificuldade que a escola enfrentava, começou a participar de reuniões com alunos, professores e funcionários.

A falta de condições adequadas de trabalho e as condições sociais do bairro transformavam a escola num barril de pólvora, com atritos constantes na relação entre os diferentes grupos e percebia que os professores se sentiam impotentes para enfrentar essa realidade, apesar de muitos moradores e alunos elogiarem o trabalho da maioria dos professores. Alguns professores com quem tivemos contato também elogiam a maioria dos alunos. Segundo eles, quem tumultua é um grupo relativamente pequeno.

Para entender melhor essa realidade se propôs a visitar as famílias dos alunos. Perguntou a eles quem gostaria de receber uma visita. Fez uma relação e chegou a visitar mais de 30 alunos. No entanto, devido à viagens e a outros trabalhos da Congregação não pode dedicar-se o quanto queria. Os outros parceiros, diante das dificuldades e da disponibilidade de tempo, se afastaram e ela ficou sozinha, chegando à conclusão que sem uma equipe não daria para continuar.

Quando a procuramos, fez diversos questionamentos mas sentiu que seria a possibilidade de reorganizar a equipe e o trabalho pois , embora fosse uma pequena ação, teve repercussão e conseguiu atingir alguns alunos que tinham fama de tumultuar os trabalhos da escola. Fruto dessa experiência fez várias sugestões sobre a continuidade dos trabalhos.

Para situar um pouco a realidade onde a escola está inserida, reproduzo abaixo um trecho encontrado no site da Prefeitura Municipal de Ubatuba para justificar a escolha do bairro para um projeto piloto fundamentado nos Oito Objetivos do Milênio:

”A pesquisa da doutora da USP, Sueli Furlan, traz uma verdadeira radiografia do bairro Ipiranguinha, além de apontar caminhos para os inúmeros problemas detectados. “Existem naquela região, problemas graves de saneamento; grande ocorrência de doenças como diarréia e problemas de pele, provavelmente provenientes da contaminação da água que utilizam; falta de áreas verdes e de lazer para as crianças e jovens, além da existência de muitas áreas de risco.”

As dificuldades que o bairro enfrenta tem levado ao surgimento de várias ongs e movimentos reivindicatórios mas ainda falta articulação e um melhor aproveitamento dos recursos existentes na região. Daí a escolha do bairro como o primeiro pólo do Comitê de Mobilização pela Educação do Litoral Norte.
Rui Grilo
ragrilo@terra.com.br

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