Coluna do Celsinho

Viagem

Celso de Almeida Jr.
Eu gosto de conversar com o Celso Teixeira Leite.

Não há, no diálogo, apenas o respeito pelo o ex-prefeito.

Nem, somente, aquela consideração especial pelo sobrenome desta família que tanto admiro.


Com ele, transporto-me no tempo.

Minha infância e juventude em Ubatuba proporcionaram-me, no ambiente escolar, mestres que davam grande valor a história da cidade.

Orientado por bons professores, conheci, entrevistei, visitei Washington de Oliveira, Madre Glória, Virgínia Lefèvre entre tantos outros símbolos de nossa cultura, de nossa gente.

Os papos com o Celso Teixeira Leite, dado o seu conhecimento profundo de nossa terra, de nossos ícones, despertam em mim essas lembranças.

Toda vez que nos despedimos, após o café, vem o sentimento de que precisamos levar a nossa história para todas as escolas da cidade.

Só por ser turística, Ubatuba já mereceria isso.

Mas a questão não é só essa.

Estamos vivendo uma total descaracterização de nossa cultura.

Há um desrespeito evidente com as tradições caiçaras.

Nossos personagens principais caminham para o esquecimento.

É preciso criar nas crianças esse vínculo com a terra, já que, infelizmente, a maioria de seus pais tem apenas o vínculo com a sobrevivência.

Essa característica forasteira da maioria da população, que não dá liga, que tira referências, precisa ser estancada.

Creio que ao incutir nas novas gerações a beleza de nossa história, de nossas origens, estaremos contribuindo para um futuro melhor.

Quem sabe, num distante amanhã, surja até uma nova classe política, com reais ligações com a cidade, pronta para contribuir com o nosso desenvolvimento, sem gula, sem ganância, sem segundas intenções.


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