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Fawcett, Newton e os gregos

Sidney Borges
Antes de Isaac Newton se manifestar muita gente deve ter notado que maçãs caem, pois certamente caem. É quase certo que os gregos se perguntavam o porquê da queda das azeitonas, nunca houve povo tão cheio de perguntas, enquanto na América do Sul os Guaranis tinham especial atenção ao despencar das jacas. Foram eles que desenvolveram a frase “wexlm unyhret”, que quer dizer: sai de baixo que lá vem fruta!

Mas voltando às maçãs newtonianas, por que caem? É fácil notar que o fenômeno ocorre quando alguém as colhe e abandona a certa altura ou quando amadurecem. Para esta contingência existe o dito popular que aborda o cair de maduro.

A diferença entre o olhar comum e a visão do Mestre foi a conexão entre maçã e Lua, que têm tamanhos e cores diferentes e sabores que também podemos supor diferentes.

Quando estão no ar, isto é, quando a maçã está no ar, pois a Lua esta sempre no ar, ambas se encontram sob a ação da Terra, que tem por hábito querer tudo para si.

Há, no entanto, um lado democrático na ação do planeta, os corpos são atraídos e ao cair o fazem com a mesma aceleração, isto é, a velocidade da queda aumenta igualmente para todos, grandes ou pequenos. Socialismo cósmico.

Claro que isso vale apenas para corpos no vácuo, pois o ar atmosférico exerce influência na velocidade de queda.

Pois foi pensando em quedas e não quedas que o coronel Fawcett desapareceu enquanto procurava uma civilização perdida na Serra do Roncador.

Um dos últimos documentos deixados por ele foi uma carta que descreve o encontro com uma tribo de macacos amistosos e inteligentes e que compreendiam a linguagem dos humanos, não importando o idioma.

Fawcett relata que uma característica peculiar dos símios era entender tudo ao pé da letra.

Segundo a lenda que corre na selva, certo dia apareceu sobre a tribo um objeto voador desconhecido. A coisa estranha ficou pairando estática, sem subir ou descer. Nem tampouco emitir qualquer ruído.

Os macacos assustados reuniram-se em volta do explorador, em quem confiavam. O Coronel era um homem cético, acreditava na ciência. Depois de muito pensar e sem encontrar uma explicação plausível, Fawcett coçou o cavanhaque, pigarreou limpando a garganta e proferiu aquelas que seriam suas últimas palavras:


- Macacos me mordam...

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