Manchetes do dia

Sexta-feira, 24 / 04 / 2009

Folha de São Paulo
"Gabinetes negociam passagens aéreas"

Agência vende bilhetes da cota de deputados; Temer recua e manda para o plenário decisão sobre viagens

Um esquema de venda de passagens bancadas com verba pública opera paralelamente à distribuição de bilhetes pelos congressistas.

Os gabinetes de ao menos três deputados, Aníbal Gomes (PMDB-CE), Dilceu Sperafico (PP-PR) e Vadão Gomes (PP-SP), emitiram passagens em nome de pessoas que dizem ter comprado os bilhetes numa agência

Ana Pérsia, funcionária de Aníbal Gomes, passa à Casa os nomes dos passageiros. A lista é indicada pela agência Infinite, de um irmão dela.

Pérsia diz ter incluído os nomes na cota de Gomes, que ganha "créditos" da Infinite.
Aníbal Gomes e Vadão Gomes não atenderam à Folha. Sperafico diz que o assessor que cuidava, de bilhetes não está mais com ele.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), resolveu passar ao plenário a decisão de limitar ou não o uso das passagens.

O Globo
"Câmara recua e farra aérea agora vai a voto no plenário"

Pressão do baixo clero deve garantir passagens para aparentes de deputados

Sob forte pressão dos deputados, a Mesa da Câmara ontem recuou e decidiu levar a votação em plenário, na semana que vem, a proposta de restringir o uso de passagens aéreas a parlamentares e assessores, entre outras medidas contra a farra aérea. Pelo menos um ponto deve ser derrubado: o que proibiria o uso das passagens por parentes de deputados. Silvio Costa (PMN-PE) apelou: "A questão é que a família já faz parte do meu mandato”. Da tribuna, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) protestou: "Daqui a pouco vão querer que eu ande de 'jegue", more em palafita e mande mensagem por pombo-correio”. Em Vitória, Marcos Vinícius Andrade, funcionário por 19 anos do senador Gerson Camata (PMDB-ES), depôs no Ministério Público e reafirmou as denúncias que fizera ao GLOBO de uso de notas frias e propinas de empreiteiras. O caso vai para Brasília porque o senador, que nega tudo, tem foro privilegiado.

O Estado de São Paulo
"Ministros tentam conter crise no STF"

Após conflito entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, juízes estabelecem trégua

Os ministros do Supremo Tribunal Federal passaram o dia de ontem envolvidos numa operação para conter os efeitos do bate-boca entre o ministro Joaquim Barbosa e o presidente da Casa, Gilmar Mendes. Os "bombeiros" foram Carlos Ayres Britto e Ricardo Lewandowski. No pacto, Mendes e Barbosa foram criticados - o primeiro por não ter evitado o confronto, e o segundo por ter tido reações “inadmissíveis” ao acusar Mendes de "destruir a credibilidade do Judiciário" e de ter "capangas". Ontem, Mendes disse que "a imagem do Judiciário é a melhor possível" e negou que haja crise. Já Barbosa não se pronunciou. Nos bastidores, Barbosa está isolado no STF por adotar linha favorável à ideia de que a Polícia Federal pode investigar à vontade, em nome de uma fiação justiceira". O bate-boca explicitou a posição de Barbosa, disposto exercer o ofício com base no "clamor popular". Já Gilmar Mendes é visto no tribunal como "estrela" que age como presidencialista numa Casa que é parlamentarista. Nessa postura, avaliam alguns ministros, ele abriu várias frentes de confronto e deixou o STF suscetível a críticas de todos os lados.

Jornal do Brasil
"Crédito bancário volta a aumentar

Com taxas de juros menores e queda na inadimplência, oferta retoma crescimento

Depois de pelo menos três meses sucessivos de freio no crédito bancário, aumentou a disposição dos bancos para emprestar. Em março, pela primeira vez no ano, o país registrou expansão de novas concessões, segundo informou ontem o Banco Central. Com juros de volta ao patamar anterior á crise econômica internacional, a oferta cresceu 26%. A inadimplência de pessoa física também caiu - é a primeira redução em sete meses. Para O BC há uma recuperação em curso, mas ainda não é possível falar em volta aos níveis pré-crise, uma vez que os bancos públicos concentram as concessões. De acordo com especialistas, porém, os novos dados reforçam a tese de que o ponto crítico, pelo menos para o Brasil, já ficou para trás.

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