Editorial

Definindo papéis

Eu decididamente não me considero um jornalista de oposição. E não sou, embora tenha apreço pela frase de Millor Fernandes: “jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados. A rigor, Ubatuba ainda vive no século XIX, com raros bolsões de contemporaneidade. Aqui o conceito de democracia é vago. Democracia é quando “eu me dou bem”. Governo bom é o que me favorece. O sentido do coletivo não está muito claro nas mentalidades ubatubenses, prevalece o pessoal sempre. Acredito que são tarefas dos governos asfaltar ruas, recolher o lixo, urbanizar áreas, cuidar da educação e zelar pela saúde dos cidadãos. Para isso os governantes são eleitos e pagos, aliás, muito bem pagos. Recebem polpudos salários para trabalhar pelo povo. Não costumo aplaudir a obrigação, aliás, prática bastante difundido nesta terra, onde quem faz o mínimo é considerado gênio. Gostaria de aplaudir a criatividade, como aconteceu quando Antonio Carlos governou Caraguatatuba. Infelizmente não estou tendo oportunidade. Por princípio não faço ataques pessoais, não tenho nada que me faça gostar ou desgostar de pessoas, prefiro analisar as obras. É por isso que fico surpreso quando leio no “O Guaruçá” que o Ubatuba Víbora está censurado. Eu acreditava que esta prática nefasta tivesse acabado. De qualquer forma, não fui o primeiro nem serei o último a ter tal tratamento e nem por isso mudarei a minha conduta. Se houver algo a ser aplaudido, eu o farei. Meu compromisso é com a informação. Continue lendo o Ubatuba Víbora, agora censurado, mas sempre presente onde a notícia está. Lembre-se: “Se o Ubatuba Víbora não deu, ninguém sabe o que aconteceu”.

Sidney Borges

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu