País do futuro
Conversa pra boi dormir
"Apesar de seu reduzido efeito prático, poucas coisas fizeram tão bem à auto-estima nacional, nesta década, quanto a projeção de que o Brasil chegará à metade deste século como uma das seis maiores potências mundiais, ao lado das também emergentes Rússia, Índia e China e somando-se aos estabelecidos Estados Unidos e Japão. O estudo, de 2001, foi feito pelo banco americano Goldman Sachs e já passou por várias atualizações. Quem o conduziu foi o chefe do departamento de pesquisas econômicas globais do banco, o economista inglês Jim O'Neill, 49 anos. É dele a autoria da sigla Bric, formada pelas iniciais dos países. Para chegar a suas conclusões sobre a construção das novas potências mundiais, O'Neill e sua equipe analisaram dados econômicos e demográficos. O Brasil continua bem na fita. Segundo ele, o país precisa de um estado menos gastador para crescer no ritmo que o levará ao graal das potências".
A nota acima retirei de Veja. Faz parte do programa de engessamento cerebral dos brasileiros. Principalmente daqueles que não tiveram a oportunidade de abrir os horizontes mentais e constituem presa fácil de arautos de quimeras socialistas e monstros imperialistas apocalípticos. Faz tempo que ouço a história do país do futuro. Quando comecei a criar um modelo simbólico para essa terra plena de felicidade o Brasil não exportava mão de obra, ainda era uma espécie de eldorado para portugueses, italianos, alemães, espanhóis e japoneses, que chagavam e enriqueciam. Vinham com um olho, eram reis. Na data prevista pelo Bidú de plantão (d’áprès Eder Jofre) terei partido para outra dimensão, não verei, portanto, o país do futuro. Se eu tivesse uma bola de cristal espiaria o porvir, exatamente no local onde o fotógrafo da Folha clicou a favela que ladeia o hotel que hospedou Bush. Por que favelas? São feias, desumanas, degradantes. O ser humano não merece viver assim. Nenhum ser vivo merece. Enquanto existirem favelas não haverá futuro. (Sidney Borges)
"Apesar de seu reduzido efeito prático, poucas coisas fizeram tão bem à auto-estima nacional, nesta década, quanto a projeção de que o Brasil chegará à metade deste século como uma das seis maiores potências mundiais, ao lado das também emergentes Rússia, Índia e China e somando-se aos estabelecidos Estados Unidos e Japão. O estudo, de 2001, foi feito pelo banco americano Goldman Sachs e já passou por várias atualizações. Quem o conduziu foi o chefe do departamento de pesquisas econômicas globais do banco, o economista inglês Jim O'Neill, 49 anos. É dele a autoria da sigla Bric, formada pelas iniciais dos países. Para chegar a suas conclusões sobre a construção das novas potências mundiais, O'Neill e sua equipe analisaram dados econômicos e demográficos. O Brasil continua bem na fita. Segundo ele, o país precisa de um estado menos gastador para crescer no ritmo que o levará ao graal das potências".
A nota acima retirei de Veja. Faz parte do programa de engessamento cerebral dos brasileiros. Principalmente daqueles que não tiveram a oportunidade de abrir os horizontes mentais e constituem presa fácil de arautos de quimeras socialistas e monstros imperialistas apocalípticos. Faz tempo que ouço a história do país do futuro. Quando comecei a criar um modelo simbólico para essa terra plena de felicidade o Brasil não exportava mão de obra, ainda era uma espécie de eldorado para portugueses, italianos, alemães, espanhóis e japoneses, que chagavam e enriqueciam. Vinham com um olho, eram reis. Na data prevista pelo Bidú de plantão (d’áprès Eder Jofre) terei partido para outra dimensão, não verei, portanto, o país do futuro. Se eu tivesse uma bola de cristal espiaria o porvir, exatamente no local onde o fotógrafo da Folha clicou a favela que ladeia o hotel que hospedou Bush. Por que favelas? São feias, desumanas, degradantes. O ser humano não merece viver assim. Nenhum ser vivo merece. Enquanto existirem favelas não haverá futuro. (Sidney Borges)
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