Homenagem

Dia dos animais

Não poderíamos deixar de nos manifestar neste dia 04 de outubro, Dia Mundial dos Animais.
Nós que ao longo destes dez anos vivenciamos situações muito tristes, difíceis de serem resolvidas, nunca deixamos de perder a força diante das muitas maldades, dos atos grotescos crivados de requintes de crueldade e dos obstáculos existentes.
Foi inacreditável ter encontrado aquele poodle, à Av. Liberdade, dentro de uma caixa lacrada, todo amordaçado e amarrado, infestado de bicheiras e lesões. Ainda bem que foi salvo, cuidado e adotado pelo Lázaro. E saber daquela cachorra preta, que passou uma noite inteira de tempestade e ventania, amarrada numa árvore em meio a um charco ? Ela foi socorrida por uma senhora muito pobre e religiosa, com a ajuda da APAUBA, mas diante de seu estado debilitado, não sobreviveu.
Recentemente recolhemos um cão de raça das ruas, que também foi amarrado para morrer e que, ao conseguir escapar, teve literalmente todo seu pescoço cortado, mas felizmente recuperou-se e foi adotado pela Nélia.
Tantas foram as vezes que nos dirigimos à Praça 13 de Maio, para a feira de adoção e nos surpreendíamos com caixas de filhotes abandonados. Certa vez, encontramos meia dúzia de cães ainda com o cordão umbilical em suas barriguinhas e uma outra ocasião deparamos com uma cachorra amarrada a uma árvore da Praça, bem como seus filhotes em uma caixa ao lado.
Foram tantas denúncias : cães esfaqueados, decepados, envenenados, furados, queimados,mortos a pauladas, afogados, asfixiados, sem contar aqueles vítimas de pontapés e atropelamentos. Ainda bem que para toda esta tristeza sempre houve alguém que estava pronto para a contrapartida, colaborando ao recolher filhotes abandonados ou resgatando cachorras prenhas, ou aquelas jogadas nas ruas com as ninhadas que mal acabaram de nascer.
Tivemos oportunidade de conhecer e fazer muitos amigos, pois as ideologias unem as pessoas e as mobiliza numa só direção, com o fim de atingir seus objetivos.
E tantos foram aqueles de bom coração , que às vezes só podiam ajudar com sua dedicação e boa vontade... sem um centavo !
Então nos deparamos com todos estes acontecimentos e, após muita reflexão e análise, ficamos nos questionando como é que as pessoas que praticam tais crueldades conseguem agir com tanta covardia?
E o que será que se passa na cabeça daqueles que detêm o poder de fazer e não o fazem? Ou daqueles que devem fiscalizar e não fiscalizam ? Eles são indiretamente responsáveis pelas crueldades, pelos abandonos e pela situação desumana que vai se delineando a cada dia e que afeta diretamente a Saúde Pública e o meio ambiente... sem contar que prejudica o Turismo da cidade.
Uns pecam pela ação, outros pela omissão !!!!
É certo que as vítimas, os animais, não tem consciência do porque vieram ao mundo e nem são responsáveis por isto, mas são absolutamente conscientes e responsáveis por toda a fidelidade que nos dedicam, por toda a sua amizade que nos ofertam e por todo amor incondicional que nos destinam.
São criaturas inocentes, puras na sua essência, eternamente gratas pelo mínimo gesto de carinho que alguém possa lhes ofertar
Por tantas histórias vividas é que acreditamos ser necessário dar continuidade a todas as nossas reivindicações, pois os animais merecem ser trados com respeito e dignidade, sendo contemplados com políticas públicas que os protejam e os façam viver em equilíbrio com o ser humano.
Que Deus ilumine aqueles que praticam ações maléficas para que não mais as pratiquem e que ilumine também aqueles omissos para que seus corações e suas razões sejam atingidos num momento absoluto e pleno de consciência e que disso resulte a Luz.


A APAUBA – Associação Protetora dos Animais de Ubatuba para melhor atingir seus objetivos, num momento histórico, em comemoração a seus dez anos de existência e ao Dia Mundial dos Animais, encontra-se dando prosseguimento à fusão da entidade com as demais entidades de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba para ser uma só no Litoral Norte : COMPANHIA DAS PATAS.


“A grandeza de uma nação pode ser julgada pela forma como são tratados seus animais”.
Ghandi


Evely Reyes Prado

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