Coincidências...

Plantando presuntos...

Vocês certamente já leram nos vários sites e blogs que Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, acusado de ser o assassino do prefeito Celso Daniel, fugiu da penitenciária de Franco da Rocha. Só para rememorar: ele disse ser o executor, mas voltou atrás e afirmou ter tomado uns tabefes da polícia e do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para confessar. Greenhalgh nega. Não devemos confiar em palavra de bandido.
Bozinho começa a recender a presunto. Querem apostar? Se bem se lembram, as “coincidências” já mataram sete pessoas nesse caso, incluindo o prefeito petista. Uma oitava, o legista que constatou a tortura que Greenhalgh diz não ter havido, também se foi. Acompanhem a narrativa macabra.
Uma das vítimas foi o garçom Antônio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do seqüestro. Foi assassinado em fevereiro de 2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do crime, ele teria ouvido uma conversa sobre a qual teria sido orientado a silenciar. Quando foi convocado a depor, disse à Polícia que tanto Celso quanto Sombra pareciam tranqüilos e que não tinha ouvido nada de estranho.
O garçom chegou a ser assunto de um telefonema gravado pela Polícia Federal entre Sombra e o então vereador de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT), oito dias depois de o corpo de Celso ter sido encontrado. “Você se lembra se o garçom que te serviu lá no dia do jantar é o que sempre te servia ou era um cara diferente?”, indagou Klinger. “Era o cara de costume”, respondeu Sombra.
Vinte dias depois da morte de Oliveira, Paulo Henrique Brito, a única testemunha desse assassinato, foi morto no mesmo lugar com um tiro nas costas. Em dezembro de 2003, o agente funerário Iran Moraes Rédua foi assassinado com dois tiros quando estava trabalhando. Rédua foi a primeira pessoa que reconheceu o corpo de Daniel na estrada e chamou a polícia.
Dionízio Severo, detento apontado pelo Ministério Público como o elo entre Sérgio Sombra, acusado de ser o mandante do crime, e a quadrilha que matou o prefeito, foi assassinado na cadeia. Abriu a fila. Sua morte se deu três meses depois da de Daniel e dois dias depois de ter dito que teria informações sobre o episódio.
Ele havia sido resgatado do presídio dois dias antes do seqüestro. Foi recapturado. O homem que o abrigou no período em que a operação teria sido organizada, Sérgio Orelha, também foi assassinado. Outro preso, Airton Feitosa, disse que Severo lhe relatou ter conhecimento do esquema para matar Celso e que um “amigo” seria o responsável por atrair o prefeito para uma armadilha.
O investigador de polícia Otávio Mercier, que ligou para Severo na véspera do seqüestro, foi alvejado durante uma invasão à sua casa. O último cadáver foi o do legista Carlos Delmonte Printes, que teria tomado alguns remédios estranhos.

Perdeu a conta? Então anote aí:

1) Celso Daniel: prefeito. Assassinado
2) Antonio Palacio de Oliveira: garçom. Assassinado
3) Paulo Henrique Brito: testemunha da morte do garçom. Assassinado
4) Iran Moraes Rédia: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado
5) Dionizio Severo: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado
6) Sérgio Orelha: Amigo de Severo. Assassinado
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Assassinado
8) Carlos Delmonte Printes: Legista. Tomou alguns remédios...

Bozinho que fique serelepe...
Fonte: Reinaldo Azevedo

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