Editorial
Questão de vida ou morte
Sábado “noroestoso”. Começou azul e aberto, aos poucos foi mudando para terminar cinzento e chuvoso. Bom dia para ler o artigo extenso da professora Hermínia Maricato, postado abaixo. A Professora é petista, fundadora do partido e a exemplo de Marilena Chauí, citada no texto, acredita num complô das elites contra o PT. Não vou adentrar por essa seara, o artigo é precioso pela forma como aborda os problemas nacionais, de resto problemas que terão de ser enfrentados por qualquer governo, seja ele petista ou não. Apenas torço o nariz para a falta de visão do cerne da questão. O artigo é demasiadamente teórico e como dizia Goethe, a teoria é cinza e a vida é verde. Se estamos condenados pelas “forças do mal” a produzir soja, álcool e minério, como diz a douta articulista, só há uma saída. E não é uma saída de curto prazo. Não é a saída preconizada pelo “Consenso de Washington”. Não será com as artimanhas de Malan, do falecido Palocci ou do inepto Mantega, que pagaremos as contas atrasadas. Não será através da prática de juros estratosféricos e recessão que encontraremos o Eldorado. O Brasil precisa investir no povo brasileiro. O Brasil precisa educar o povo para que esse povo encontre soluções para o impasse que parece eterno. Não poderemos continuar convivendo com tamanha desigualdade, os problemas estão se tornando agudos. Tem razão O MST ao prenunciar a revolução. De uma forma ou outra já estamos em guerra civil. Apesar disso não existe partido postulante ao governo que aborde a questão da Educação de forma convincente. Na verdade, as elites brasileiras não acreditam em Educação. Sempre haverá um “negrinho” para fazer o trabalho. Os quatrocentos anos de modo de produção escravista entranharam na alma brasileira de tal forma que talvez necessitemos de outros quatrocentos para exorcizar a monstruosidade. Temo que com o andar da carruagem o Brasil não resista intacto ao fim desse tempo. Educar ou desaparecer, eis a questão.
Sidney Borges
Sábado “noroestoso”. Começou azul e aberto, aos poucos foi mudando para terminar cinzento e chuvoso. Bom dia para ler o artigo extenso da professora Hermínia Maricato, postado abaixo. A Professora é petista, fundadora do partido e a exemplo de Marilena Chauí, citada no texto, acredita num complô das elites contra o PT. Não vou adentrar por essa seara, o artigo é precioso pela forma como aborda os problemas nacionais, de resto problemas que terão de ser enfrentados por qualquer governo, seja ele petista ou não. Apenas torço o nariz para a falta de visão do cerne da questão. O artigo é demasiadamente teórico e como dizia Goethe, a teoria é cinza e a vida é verde. Se estamos condenados pelas “forças do mal” a produzir soja, álcool e minério, como diz a douta articulista, só há uma saída. E não é uma saída de curto prazo. Não é a saída preconizada pelo “Consenso de Washington”. Não será com as artimanhas de Malan, do falecido Palocci ou do inepto Mantega, que pagaremos as contas atrasadas. Não será através da prática de juros estratosféricos e recessão que encontraremos o Eldorado. O Brasil precisa investir no povo brasileiro. O Brasil precisa educar o povo para que esse povo encontre soluções para o impasse que parece eterno. Não poderemos continuar convivendo com tamanha desigualdade, os problemas estão se tornando agudos. Tem razão O MST ao prenunciar a revolução. De uma forma ou outra já estamos em guerra civil. Apesar disso não existe partido postulante ao governo que aborde a questão da Educação de forma convincente. Na verdade, as elites brasileiras não acreditam em Educação. Sempre haverá um “negrinho” para fazer o trabalho. Os quatrocentos anos de modo de produção escravista entranharam na alma brasileira de tal forma que talvez necessitemos de outros quatrocentos para exorcizar a monstruosidade. Temo que com o andar da carruagem o Brasil não resista intacto ao fim desse tempo. Educar ou desaparecer, eis a questão.
Sidney Borges
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