Editorial

Ubatuba em tempo de definição

Sidney Borges
O diabo é sábio não é por que é o diabo. É porque é velho. A experiência nos dá sabedoria. O tempo de vida funciona como os simuladores da aviação. Você treina, treina, simula as dificuldades possíveis em um vôo e se por acaso um dia se deparar com a hora da verdade saberá o que fazer. Nos meus tempos de instrutor de vôo eu era considerado um chato. Lembro-me de uma vez em que um aluno ficou com vontade de brigar comigo, só não o fez porque eu pesava cem quilos e ele sessenta. Quando a fera se acalmou eu o fiz entender que a manobra que o deixou nervoso, uma perda radical, inesperada, em curva, nunca mais iria assustá-lo. Ele tinha aprendido como sair da dificuldade com um mínimo de perda de altura. Como essas situações acontecem por distração, no pouso, perto do chão, é importante recuperar a atitude de vôo sem bater. Importantíssimo, senão vira tragédia. Em Ubatuba existem alguns agentes políticos que se imaginam capazes de passar a perna em Eduardo Cesar. Podem ir tirando o cavalinho da chuva. Não estou discutindo o administrador, não é o tema deste texto, falo do político que é muitíssimo mais astuto do que os adversários imaginam. Eduardo tem um companheiro de chapa definido. A torcida do Corinthians sabe que é o Moralino. Isso pode mudar? Talvez no caso do Caribé topar ser vice. Mas é só esse nome do PSDB que Eduardo aceitaria. Não há outro. Ele jamais agregaria rejeição ao seu projeto de reeleição.

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