Manchetes do dia

Terça-feira, 25 / 11 / 2014

O Globo
"Corrupção na Petrobras teve até recibo de propina"

Notas fiscais provam que empreiteira pagou R$ 8,8 milhões a operador do esquema

Dinheiro foi entregue ao empresário Shinko Nakandakari, novo personagem do escândalo. Segundo a PF , ele é ligado a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal acusado de operação criminosa para políticos do PT

A empreiteira Galvão Engenharia apresentou à Polícia Federal uma série de notas fiscais que, segundo a empresa, comprovam o pagamento de propinas no valor total de R$ 8,8 milhões à Diretoria de Serviços da Petrobras, ligada ao PT. Pelos recibos, os pagamentos foram feitos entre 2010 e 2014 à empresa de consultoria de Shinko Nakandakari, braço-direito de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal, acusado de operar o esquema junto a políticos petistas. O repasse mais recente é de 25 de junho deste ano, dois meses após a Operação Lava-Jato ter sido deflagrada pela PF. Os depósitos variam de R$ 115 mil a R$ 750 mil, e as notas indicam que sobre o valor da propina foram até recolhidos impostos. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, alega que cedeu à pressão de Nakandakari porque a empreiteira vinha sendo preterida nas licitações da Petrobras. Ontem, dois procuradores da Lava-Jato viajaram à Suíça para tentar recuperar parte do dinheiro enviado para lá por envolvidos no escândalo.

Folha de S.Paulo
"Irmão de ex-ministro das Cidades se entrega à PF"

Adarico Negromonte é acusado de levar valores para doleiro; defesa pede soltura

Irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP), que chefiou a pasta de janeiro de 2011 a fevereiro de 2012, o último foragido da sétima fase da Operação Lava Jato, Adarico Negromonte Filho, se entregou nesta segunda-feira (24) à Polícia Federal em Curitiba. Segundo a apuração sobre o esquema de desvios na Petrobras, Adarico foi apontado como “encarregado de transporte de valores em espécie” e “subordinado” do doleiro Alberto Youssef. A advogada Joyce Roysen afirmou que Adarico “prestou esclarecimentos à Justiça”, mas sem detalhar o que disse em depoimento de uma hora e meia nem rechaçar as suspeitas. A defesa pediu a revogação da prisão. A empreiteira Galvão Engenharia apresentou à Justiça comprovantes de que pagou R$ 8,8 milhões do que considera propina para um emissário da diretoria de serviços da estatal, na época em que era chefiada por Renato Duque.

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