Pensando alto
Ficção e realidade
Sidney Borges
Tem dias em que fico imaginando como teria sido mais fácil a minha vida de estudante se naquela época existisse a internet e o Google. Quando os professores pediam um trabalho eu pegava o ônibus e ia à Biblioteca Municipal copiar textos em papel almaço para depois passar a limpo em casa.
Um trabalhão.
Não passava pela minha cabeça a possibilidade de ter um aparelho que respondesse a todas as perguntas possíveis e, de quebra, tocasse músicas e passasse filmes, até aqueles proibidos para menores. Mas eu sabia que na Roma antiga os ricos tinham escravos gregos fazendo as vezes do Google.
Pois a coisa foi acontecendo e hoje a "ficção científica" tornou-se realidade. O intervalo de tempo decorrido entre o surgimento dos computadores pessoais e o que temos hoje foi de aproximadamente 35 anos. E, acreditem, estamos no limiar de grandes descobertas, o grafeno logo estará substituindo o silício como matéria básica de processadores, cuja capacidade de trabalho crescerá exponencialmente.
É quase impossível imaginar o que virá, os fios elétricos serão substituídos por nanotubos de carbono de baixíssima resistência elétrica, facilitando a transmissão de energia e o desenvolvimento de baterias que proporcionarão a criação de veículos não poluentes de grande autonomia.
Vamos voltar 50 anos no tempo. Ok? Então tá. Estamos em 1960. Nada de telefones celulares, internet, computadores, nem mesmo calculadoras eletrônicas. Tudo é manual e mecânico. A fotografia existe, mas é caríssima, câmeras, filmes e revelações são brinquedinhos de ricos, passam longe do uso popular.
Os carros usam carburadores que precisam de constantes limpezas e regulagens. A vantagem é que as ruas são vazias e as estradas também, quem tem carro viaja tranquilo, apesar dos pneus longitudinais serem pouco confiáveis.
Pense agora num conflito bélico entre uma nação de 1960 e uma dos dias atuais, com toda a parafernália digital de hoje. Não haveria como começar, seria um massacre. Em apenas 50 anos a tecnologia mudou completamente o panorama da vida, hoje vivemos mais e melhor, apesar dos erros cometidos contra o meio ambiente. Com o avanço tecnológico avassalador que há, dá para prever que daqui a 50 anos estaremos em outro limiar do conhecimento e os dias de hoje serão motivo de mera curiosidade, tão distantes como somos hoje do Barão de Mauá.
Nos filmes de ficção científica estamos sempre em disputa contra invasores tecnologicamente mais avançados. Apesar disso, a duras penas e heroicamente, vencemos. Coisa de cinema. Não acredite na realidade cinematográfica. Um planeta habitado por seres 100 anos adiantados nos destruiria num piscar de olhos. Nem preciso dizer o que aconteceria se em vez de 100 anos fossem 1000 anos ou mais. Há o risco dos invasores serem lagartos comedores de cérebros com baba grudenta escorrendo do canto da boca. Exalando pestilento chulé.
Fica, portanto a dica. Não perca tempo com baboseiras científicas hollywoodianas que nada de útil ou filosófico apresentam. Se tiver tempo disponível vá ao show da Shakira. Os alienígenas de Hollywood são como índios, alemães e japoneses, perdem todas. Obviamente Hollywood não faz filmes de extraterrestres do Vietnã.
Mudando de pato pra ganso. Onde andará Waldomiro Diniz, valete do Zé Dirceu?
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Sidney Borges
Tem dias em que fico imaginando como teria sido mais fácil a minha vida de estudante se naquela época existisse a internet e o Google. Quando os professores pediam um trabalho eu pegava o ônibus e ia à Biblioteca Municipal copiar textos em papel almaço para depois passar a limpo em casa.
Um trabalhão.
Não passava pela minha cabeça a possibilidade de ter um aparelho que respondesse a todas as perguntas possíveis e, de quebra, tocasse músicas e passasse filmes, até aqueles proibidos para menores. Mas eu sabia que na Roma antiga os ricos tinham escravos gregos fazendo as vezes do Google.
Pois a coisa foi acontecendo e hoje a "ficção científica" tornou-se realidade. O intervalo de tempo decorrido entre o surgimento dos computadores pessoais e o que temos hoje foi de aproximadamente 35 anos. E, acreditem, estamos no limiar de grandes descobertas, o grafeno logo estará substituindo o silício como matéria básica de processadores, cuja capacidade de trabalho crescerá exponencialmente.
É quase impossível imaginar o que virá, os fios elétricos serão substituídos por nanotubos de carbono de baixíssima resistência elétrica, facilitando a transmissão de energia e o desenvolvimento de baterias que proporcionarão a criação de veículos não poluentes de grande autonomia.
Vamos voltar 50 anos no tempo. Ok? Então tá. Estamos em 1960. Nada de telefones celulares, internet, computadores, nem mesmo calculadoras eletrônicas. Tudo é manual e mecânico. A fotografia existe, mas é caríssima, câmeras, filmes e revelações são brinquedinhos de ricos, passam longe do uso popular.
Os carros usam carburadores que precisam de constantes limpezas e regulagens. A vantagem é que as ruas são vazias e as estradas também, quem tem carro viaja tranquilo, apesar dos pneus longitudinais serem pouco confiáveis.
Pense agora num conflito bélico entre uma nação de 1960 e uma dos dias atuais, com toda a parafernália digital de hoje. Não haveria como começar, seria um massacre. Em apenas 50 anos a tecnologia mudou completamente o panorama da vida, hoje vivemos mais e melhor, apesar dos erros cometidos contra o meio ambiente. Com o avanço tecnológico avassalador que há, dá para prever que daqui a 50 anos estaremos em outro limiar do conhecimento e os dias de hoje serão motivo de mera curiosidade, tão distantes como somos hoje do Barão de Mauá.
Nos filmes de ficção científica estamos sempre em disputa contra invasores tecnologicamente mais avançados. Apesar disso, a duras penas e heroicamente, vencemos. Coisa de cinema. Não acredite na realidade cinematográfica. Um planeta habitado por seres 100 anos adiantados nos destruiria num piscar de olhos. Nem preciso dizer o que aconteceria se em vez de 100 anos fossem 1000 anos ou mais. Há o risco dos invasores serem lagartos comedores de cérebros com baba grudenta escorrendo do canto da boca. Exalando pestilento chulé.
Fica, portanto a dica. Não perca tempo com baboseiras científicas hollywoodianas que nada de útil ou filosófico apresentam. Se tiver tempo disponível vá ao show da Shakira. Os alienígenas de Hollywood são como índios, alemães e japoneses, perdem todas. Obviamente Hollywood não faz filmes de extraterrestres do Vietnã.
Mudando de pato pra ganso. Onde andará Waldomiro Diniz, valete do Zé Dirceu?
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