Sabadão

Dando tratos à bola

Sidney Borges
Luz é onda eletromagnética, embora em certas situações comporte-se como partícula. Quando o dia está ensolarado como hoje tenho a impressão de que é um fluido, como são os gases e a água. Um fluido constituído de fótons que quando batem nos elétrons interferem nas medições. Onde está? Ora, agora mesmo estava aqui! Certamente deve estar por perto. Como são fugidios esses elétrons. Deve ser por causa da carga negativa.

Caminhando sem sentir o vento vi um caminhão bater numa bola de futebol que desembestou a voar quase atravessando o quarteirão. O caminhão não estava a mais de 30 km/h. Supondo que no instante da colisão a bola estivesse com velocidade nula e levando em conta a diferença de peso entre ela e o caminhão, fiz algus cálculos rápidos e conclui que depois da pancada a velocidade do esférico beirou os 60 km/h.

Como achei esse número? Vamos lá. Supondo-se que tenha havido um choque perfeitamente elástico, a bola manteve a velocidade relativa em relação ao caminhão, ou seja, 30 km/h. Sendo a massa do caminhão muito maior do que a da bola, sua velocidade não sofreu alteração. Na beira da calçada, chupando drops de aniz, vi a bola afastando-se parabolicamente do caminhão com velocidade de relativa inicial de 30 km/h. Portanto, para mim ela viajou a 60 km/h.

Descontando-se o fato do choque não ter sido perfeitamente elástico, pois esse tipo de choque é ideal, conclui, sem medo de errar, que a velocidade da bola aproximou-se dos 60 km/h.

Usando matemática a solução seria assim:

1 =  (v' - 30) / 30

v' - 30 = 30

v' = 60

Simples né? Como é elegante a matemática que permite dizer muito em poucas linhas.

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