Coluna do Rui Grilo
O clamor popular:
O que podemos esperar dos atuais vereadores?
Rui Grilo
Um conhecido advogado, comentando o afastamento dos vereadores, disse que a justiça é imprevisível, pois como diz o provérbio popular “decorre da cabeça do juiz, que é como bunda de nenê: ninguém sabe a m... que dali vai sair, mas se depender das provas, vai ser muito difícil escaparem dessa. As provas são muitas e contundentes. Revelam uma afronta à justiça e ao estado de direito.
Nem tudo que é legal é ético porque aqueles que fazem a justiça são humanos e representam interesses políticos e financeiros que, nem sempre são os interesses da maioria. Já ouvi comentários que a Lei de Uso e Ocupação do Solo – nº 711/84 - atual e vigente é uma colcha de retalhos de emendas e, se formos analisar cada emenda, dá para identificar a quem ela beneficia. Não fui verificar porque o tempo em que moro aqui e o fato de viver isolado fora do centro ainda não me permitiram conhecer a cidade a ponto de descobrir os grupos e os interesses que estão em jogo na cidade. Assim, a lei é cheia de meandros que os espertalhões e aqueles que têm dinheiro para pagar “bons” advogados, quase sempre conseguem escapar dos rigores da lei.
E aos olhos do povo, a justiça fica cada vez mais desacreditada... Cabe ao povo o recurso de esperar a próxima eleição e não votar naqueles sobre os quais pairam dúvidas sobre suas condutas.
Ou sair às ruas e manifestar o seu desagrado com o rumo dos acontecimentos. Dessa maneira, além dos argumentos dos advogados de defesa, o juiz terá mais um parâmetro para julgar que é a voz da rua, daqueles que elegeram como seus representantes os que hoje foram afastados. Ou daqueles que não os elegeram e não querem que continuem legislando para a cidade.
Como diz o Élcio Machado, Collor não foi considerado culpado pela justiça mas não terá o voto dele (Elcio) e de muitos outros brasileiros que acompanharam a sua atuação como presidente. Elcio também diz que não sabe em quem votar nas próximas eleições mas já sabe em quem não votar, atitude da qual compartilho.
Lendo as últimas notícias, me chamou a atenção é que a Câmara Municipal foi atingida no seu coração e na sua cabeça, pois os três vereadores afastados são, respectivamente, presidente, vice-presidente e secretário, escolhidos por seus pares. É muito difícil acreditar que seus colegas de trabalho não tivessem conhecimento da atitude deles. E se, mesmo assim foram escolhidos para dirigir a casa, imaginem o que podemos esperar dela!
E me lembro do Clodovil, ao constatar o resultado das últimas eleições municipais, usando a tribuna da Câmara para chamar o povo para se organizar, para defender seus interesses.
Não podemos ficar como Carolina “que o tempo passou na janela e só Carolina não viu.”
Rui Grilo
ragrilo@terra.com.br
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O que podemos esperar dos atuais vereadores?
Rui Grilo
Um conhecido advogado, comentando o afastamento dos vereadores, disse que a justiça é imprevisível, pois como diz o provérbio popular “decorre da cabeça do juiz, que é como bunda de nenê: ninguém sabe a m... que dali vai sair, mas se depender das provas, vai ser muito difícil escaparem dessa. As provas são muitas e contundentes. Revelam uma afronta à justiça e ao estado de direito.
Nem tudo que é legal é ético porque aqueles que fazem a justiça são humanos e representam interesses políticos e financeiros que, nem sempre são os interesses da maioria. Já ouvi comentários que a Lei de Uso e Ocupação do Solo – nº 711/84 - atual e vigente é uma colcha de retalhos de emendas e, se formos analisar cada emenda, dá para identificar a quem ela beneficia. Não fui verificar porque o tempo em que moro aqui e o fato de viver isolado fora do centro ainda não me permitiram conhecer a cidade a ponto de descobrir os grupos e os interesses que estão em jogo na cidade. Assim, a lei é cheia de meandros que os espertalhões e aqueles que têm dinheiro para pagar “bons” advogados, quase sempre conseguem escapar dos rigores da lei.
E aos olhos do povo, a justiça fica cada vez mais desacreditada... Cabe ao povo o recurso de esperar a próxima eleição e não votar naqueles sobre os quais pairam dúvidas sobre suas condutas.
Ou sair às ruas e manifestar o seu desagrado com o rumo dos acontecimentos. Dessa maneira, além dos argumentos dos advogados de defesa, o juiz terá mais um parâmetro para julgar que é a voz da rua, daqueles que elegeram como seus representantes os que hoje foram afastados. Ou daqueles que não os elegeram e não querem que continuem legislando para a cidade.
Como diz o Élcio Machado, Collor não foi considerado culpado pela justiça mas não terá o voto dele (Elcio) e de muitos outros brasileiros que acompanharam a sua atuação como presidente. Elcio também diz que não sabe em quem votar nas próximas eleições mas já sabe em quem não votar, atitude da qual compartilho.
Lendo as últimas notícias, me chamou a atenção é que a Câmara Municipal foi atingida no seu coração e na sua cabeça, pois os três vereadores afastados são, respectivamente, presidente, vice-presidente e secretário, escolhidos por seus pares. É muito difícil acreditar que seus colegas de trabalho não tivessem conhecimento da atitude deles. E se, mesmo assim foram escolhidos para dirigir a casa, imaginem o que podemos esperar dela!
E me lembro do Clodovil, ao constatar o resultado das últimas eleições municipais, usando a tribuna da Câmara para chamar o povo para se organizar, para defender seus interesses.
Não podemos ficar como Carolina “que o tempo passou na janela e só Carolina não viu.”
Rui Grilo
ragrilo@terra.com.br
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