Esportivas

Fazendo previsões

Sidney Borges
Estou cansado de ler projeções sobre o futuro. Abro a página de esportes e lá vem alguém dizendo que a Ferrari vai levar o campeonato de Fórmula 1 de 2010. No diário espanhol "El País" dão como certo Ferrari e Alonso. Pode acontecer, Alonso é craque, ganhou dois campeonatos. Na época de Schumacher na Ferrari e no auge da forma. Há um ditado que diz que prudência e caldo de galinha não têm contra-indicação. Felipe Massa também é candidato ao título. Não fosse a lambança do jovem Piquet e ele já teria um caneco na estante.

Por falar em Piquet vale lembrar do início da carreira do tri-campeão. Sem orientação, ele começou a correr na Europa no campeonato europeu de fórmula 3. Andou bem, chegou em terceiro, mas a repercussão na mídia não aconteceu.

No ano seguinte, já experiente, optou pela vitrine de pilotos que é o campeonato inglês, onde andar na frente quase sempre rende um teste na F1. Chico Serra também disputou esse campeonato com um grande esquema de mídia no Brasil. Piquet vencia e as manchetes ignoravam, dando a colocação de Serra, quase sempre entre os primeiros. No final de 1978 Piquet foi campeão, quebrando o recorde de vitórias em uma temporada que pertencia ao escocês Jackie Stuart. Testou um Fórmula 1 e passou a competir na categoria, primeiro na Ensign com carro alugado, depois na McLaren da BS Fabrications.

Em seguida seguida sentou-se no cockpit da Brabham para vencer os campeonatos de 1981 e 1983. Nelson Piquet ainda levantou a taça em 1987 guiando um Williams. Chico Serra venceu o campeonato inglês de F3 de 1979, mas não teve sorte na Fórmula 1. Hoje ainda pilota com categoria na competitiva Stock Car brasileira.

No futebol as previsões colocam Brasil e Espanha na final da África do Sul. Copa do Mundo é diferente de campeonato de pontos corridos, onde o melhor, o mais regular, costuma levar. Embora algumas seleções possam ser colocadas na condição de favoritas, em função da retrospectiva, o torneio não tem lógica. Parece jogo de azar onde as cartas são distribuidas ao acaso ou os dados são lançados. Uma bobeada e a melhor equipe volta para casa.

Quem não se lembra daquele Brasil e Argentina de 1990. Jogamos 89 minutos debaixo das traves deles e o gol não saiu. Num contra-ataque que parecia despretensioso descuidaram do gênio e Maradona deixou Caniggia com o gol à disposição para estufar o barbante. Caniggia estufou o barbante. Voltamos com todo mundo pondo a culpa em Dunga. O mais esforçado. O mais ranzinza. Demos o troco contra a Inglaterra em 2002. Ronaldinho Gaucho bateu a falta para cima. A bola subiu qual um foguete balístico V2 e caiu dentro do gol britânico, enganando o goleiro que a confundiu com uma galinha Leghorn. Antigamente falavam em gol espírita. Esse foi...

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