Energia

AIE considera energia nuclear parte da solução para aquecimento global

Fonte Nuclear

A Agência Internacional de Energia (AIE), ligada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), afirmou que a energia nuclear é parte de um pacote de tecnologias de baixa emissão de dióxido de carbono (CO2) necessárias para prover grande parte das necessidades energéticas mundiais e limitar o aumento da temperatura média do planeta. As informações são da agência de notícias nucleares Nucnet.

A AIE afirma que está trabalhando em planejamentos de tecnologia energética em 19 áreas, incluindo energia nuclear, solar e eólica, veículos elétricos e híbridos, captura e armazenamento de carbono e a indústria de cimento. De acordo com a agência, juntos esses setores têm o potencial de prover quase 90% das reduções necessárias para cortar pela metade as emissões globais de CO2 relacionadas ao setor energético até 2050.

Para limitar o aumento de temperatura do planeta a 2 graus Celsius, será preciso que as emissões de CO2 sejam reduzidas em ao menos 50% até 2050, segundo a AIE. Para que este cenário se torne realidade, as emissões precisariam ser limitadas a 26 gigatoneladas até 2030. Mas, caso as políticas atuais não sejam alteradas, a expectativa da agência é de que as emissões atinjam 41 gigatoneladas até essa data.

A análise da AIE veio no momento em que os líderes do G8 divulgaram uma declaração conjunta em que incentivam a “aplicação mais rápida das muitas tecnologias econômicas já disponíveis para melhorar a eficiência energética de instalações de geração elétrica, prédios, indústria e transporte”. De acordo com a declaração, os líderes reconhecem a visão científica de que o aumento da temperatura média global acima dos níveis pré-industriais não deve exceder 2 graus Celsius.

Para o diretor-executivo da agência, Nobuo Tanaka, que esteve na cúpula do G8, as melhorias em eficiência energética responderiam pela maior parte da redução nas emissões (54%) que a AIE considera necessária, seguidas por mais energia renovável, energia nuclear e captura e armazenamento de carbono após 2020.

Segundo Tanaka, a AIE calculou que, do total de US$ 2,6 trilhões de recursos públicos gastos em pacotes de estímulo econômico de curto prazo anunciados até agora, cerca de US$ 100 bilhões foram direcionados à eficiência energética e a energias limpas. “Esse é um passo na direção certa. Mas muito mais precisa ser feito. Investimentos em eficiência energética e tecnologias limpas precisariam quadruplicar se quisermos manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 graus Celsius. Isso significa US$ 400 bilhões adicionais a cada ano durante os próximos 20 anos”, acrescentou. A análise da AIE está disponível na íntegra no site da agência (www.iea.org).

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