Coluna da Terça-feira
“A doença é o preço da miséria”
Maurício Moromizato
Essa frase martela minha cabeça desde a madrugada de domingo, quando a ouvi num programa de televisão, dita por uma autoridade sanitária. O contexto foi o da “gripe suína”, como conclusão de orientações para que não haja pânico, que o respeito ao outro é fundamental e traduzido por um cuidado com higiene, pela atenção com a saúde pessoal e pelo interesse em tratar a questão coletivamente. Ao ser perguntado se havia um componente social na propagação da gripe suína, o entrevistado disse que sim e proferiu a frase “a doença é o preço da miséria”.
Fiquei raciocinando como se a frase fosse uma parábola bíblica e elencando as “doenças” humanas e da humanidade: corrupção, violência, ignorância, guerra, crise financeira, terrorismo, decadência da família, aquecimento global e tantas outras...
Depois, comecei a pensar nas “misérias” atuais, como o egoísmo, o individualismo, a ganância, a falta de educação, a mercantilização da vida, a concentração de renda, o fanatismo religioso, a inveja, ou seja, os sete pecados capitais e mais alguns outros adquiridos com a modernidade...
Fica muito claro que essas misérias cobram e continuarão cobrando seu preço, de todos e que o momento é de profunda mudança, visto que temos não uma crise financeira, mas uma crise da humanidade.
Continuando meus pensamentos, me veio a questão: e localmente, quais nossas doenças, quais nossas misérias? Como combatê-las, causa e efeito, de modo a poder efetivamente promover uma cura para Ubatuba, deixando para trás os diagnósticos incorretos e desonestos de nossas doenças e os remédios paliativos para os nossos problemas?
Pense e responda para você mesmo, caro leitor:
- Você tem convicção que a atual administração da Santa Casa é o que há de melhor e a melhor opção possível?
- O tratamento que se dá à questão da geração de empregos e desenvolvimento econômico e social do município lhe convence?
- A educação pública lhe causa orgulho de ser Ubatubano?
- O tratamento que se dá à cidade, na limpeza urbana, no lixo, no saneamento básico, na qualidade das ruas lhe faz encher o peito para mostrar a cidade aos visitantes?
- Você acredita que está havendo um real interesse da atual administração para fazer um diagnóstico correto das “misérias” que causam nossas (de Ubatuba) “doenças”?
Se a crise é da humanidade, o que estamos fazendo com a responsabilidade que cabe a cada um, aqui em Ubatuba?
Pense nisso, caro leitor, cara leitora. E ao obter a sua resposta passe a discutir o assunto e democratize suas convicções. Pela internet, pelo rádio, pela imprensa, pelo Orkut, e-mail ou qualquer meio, mas divulgue. Participe! A omissão está entre as maiores “misérias” que temos atualmente em Ubatuba e está cobrando um preço muito alto...
Maurício Moromizato
Essa frase martela minha cabeça desde a madrugada de domingo, quando a ouvi num programa de televisão, dita por uma autoridade sanitária. O contexto foi o da “gripe suína”, como conclusão de orientações para que não haja pânico, que o respeito ao outro é fundamental e traduzido por um cuidado com higiene, pela atenção com a saúde pessoal e pelo interesse em tratar a questão coletivamente. Ao ser perguntado se havia um componente social na propagação da gripe suína, o entrevistado disse que sim e proferiu a frase “a doença é o preço da miséria”.
Fiquei raciocinando como se a frase fosse uma parábola bíblica e elencando as “doenças” humanas e da humanidade: corrupção, violência, ignorância, guerra, crise financeira, terrorismo, decadência da família, aquecimento global e tantas outras...
Depois, comecei a pensar nas “misérias” atuais, como o egoísmo, o individualismo, a ganância, a falta de educação, a mercantilização da vida, a concentração de renda, o fanatismo religioso, a inveja, ou seja, os sete pecados capitais e mais alguns outros adquiridos com a modernidade...
Fica muito claro que essas misérias cobram e continuarão cobrando seu preço, de todos e que o momento é de profunda mudança, visto que temos não uma crise financeira, mas uma crise da humanidade.
Continuando meus pensamentos, me veio a questão: e localmente, quais nossas doenças, quais nossas misérias? Como combatê-las, causa e efeito, de modo a poder efetivamente promover uma cura para Ubatuba, deixando para trás os diagnósticos incorretos e desonestos de nossas doenças e os remédios paliativos para os nossos problemas?
Pense e responda para você mesmo, caro leitor:
- Você tem convicção que a atual administração da Santa Casa é o que há de melhor e a melhor opção possível?
- O tratamento que se dá à questão da geração de empregos e desenvolvimento econômico e social do município lhe convence?
- A educação pública lhe causa orgulho de ser Ubatubano?
- O tratamento que se dá à cidade, na limpeza urbana, no lixo, no saneamento básico, na qualidade das ruas lhe faz encher o peito para mostrar a cidade aos visitantes?
- Você acredita que está havendo um real interesse da atual administração para fazer um diagnóstico correto das “misérias” que causam nossas (de Ubatuba) “doenças”?
Se a crise é da humanidade, o que estamos fazendo com a responsabilidade que cabe a cada um, aqui em Ubatuba?
Pense nisso, caro leitor, cara leitora. E ao obter a sua resposta passe a discutir o assunto e democratize suas convicções. Pela internet, pelo rádio, pela imprensa, pelo Orkut, e-mail ou qualquer meio, mas divulgue. Participe! A omissão está entre as maiores “misérias” que temos atualmente em Ubatuba e está cobrando um preço muito alto...
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