Adrenalina

Fidelidade partidária
Vereador à beira de um ataque de nervos


A sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) já havia terminado. O advogado e presidente do PPS, Roberto Freire (PE), conversava com um grupo de jornalistas na frente da sede do Supremo. Defendia o que já havia defendido na tribuna mais cedo: que o parlamentar que troca de partido deve perder o mandato.
Do meio dos jornalistas ouviu-se então uma pergunta inesperada:
- E no meu caso?
O autor da pergunta era José Araí Silva Soares, presidente da Associação dos Vereadores do Estado de São Paulo e vereador de Eldorado (SP). Ele trocou o PDT pelo PMDB e agora está morto de medo do que pode acontecer.
O vereador contou sua história. Fez questão de deixar claro que deixou o PDT porque, com a morte de Brizola, o partido abandonou ideologias e bandeiras com as quais se identificava. Disse também que o suplente dele entrou na Justiça para tomar-lhe a vaga e que, agora, não sabe mais o que fazer.
Ainda insistiu com a idéia de que não é possível que o Supremo coloque todos os "infiéis" no "mesmo saco". Freire o ouviu tudo atentamente e, no final, deu uma dica:
- Recorra, recorra. Se perder na Justiça, vá recorrendo. Você tem condições de provar que seu caso é específico.
Não foi o suficiente para tranqüilizar o vereador. Ele foi embora depois de se confessar em pânico com o resultado do julgamento que decidirá, hoje, a partir das 14h, a sorte de 46 deputados que trocaram de partido.
A depender da decisão, cerca de 1.800 vereadores que mudaram de partido também poderão perder o mandato. (do Blog do Noblat)

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