Manchetes do dia

Terça-feira, 19 / 09 / 2006

Folha de São Paulo:
"Acusado de negociar dossiê, assessor pessoal de Lula cai"
A 13 dias das eleições, o suposto envolvimento de Freud Godoy, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na compra do dossiê contra José Serra e Geraldo Alckmin, trouxe a crise para dentro do Palácio do Planalto. Freud teve o nome citado pelo ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, que trabalhava com "tratamento de informações" na campanha de Lula e foi preso na sexta-feira em um hotel em São Paulo com o petista Valdebran Padilha, ambos flagrados com R$ 1,7 milhão para a compra do dossiê que ligava os tucanos à máfia dos sanguessugas.
Em depoimento à Polícia Federal ontem, em São Paulo, Freud, que trabalhava com Lula desde sua primeira campanha presidencial, negou ter intermediado a compra de dossiê preparado pela família Vedoin (donos da Planam, principal empresa do esquema). Exonerado do cargo ontem, ele disse que Lula lhe telefonou. Freud disse ter aconselhado o presidente a "dormir tranqüilo". A empresa de segurança do assessor possui vínculos comerciais com o PT. A oposição já comemora o impacto do caso na eleição. Alckmin solicitou ontem que o Tribunal Superior Eleitoral investigue o caso. Em São Paulo, o candidato do PT, Aloizio Mercadante, pediu que o tema fique fora dos palanques.

O Globo:

"Principal acusado da compra de dossiê é assessor direto de Lula"
O escândalo da compra de um falso dossiê para tentar incriminar o candidato tucano José Serra, que veio à luz na sexta-feira, em São Paulo, e envolvia principalmente o PT, transferiu-se, três dias depois, para o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, e para o comitê que cuida de sua campanha pela reeleição. Nunca, no atual governo, um escândalo esteve tão próximo de Lula: Freud Godoy, seu próprio secretário particular, homem de confiança há 17 anos, foi citado como o responsável pela compra do dossiê.
O autor da denúncia, preso pela PF com R$ 1,7 milhão, em notas de reais e dólares, também é diretamente ligado ao PT: ao contrário do que o presidente do partido, Ricardo Berzoini, vinha dizendo, Gedimar Passos é funcionário graduado do comitê de reeleição de Lula, onde atua numa área denominada "Dispositivo de Tratamento de Informações". O setor é chefiado pelo petista catarinense Jorge Lorenzetti, churrasqueiro de Lula nas horas vagas.


O Estado de São Paulo:
"Cai assessor especial de Lula envolvido com dossiê"
O assessor especial da Secretaria Particular da Presidência da República Freud Godoy deixou ontem o cargo. Ele é apontado como o petista que contratou os intermediários para a compra de um dossiê supostamente e desfavorável ao candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, como informou o "Estado" ontem. Oficialmente Freud deixa o governo a seu pedido - expediente que já foi usado por outros acusados em escândalos na gestão Lula.
Freud negou ligação com a compra do dossiê. Ele compareceu à tarde à sede da Polícia Federal em São Paulo e passou por uma tentativa de acareação com o advogado Gedimar Passos - que foi preso sexta-feira num hotel de São Paulo com R$ 1,75 milhão para a compra do dossiê.
O advogado de Freud disse que a acareação não deu certo, porque Gedimar se manteve em silêncio. Freud era muito mais do que assessor de Lula, por freqüentar o gabinete presidencial, a Granja do Torto e o Palácio do Alvorada, acompanhar o presidente desde as primeiras campanhas e ser ocupante certo do avião presidencial. Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello, se comprovado envolvimento de Lula no episódio do dossiê, ele poderá ter a candidatura impugnada.


Jornal do Brasil:
"Escândalo ameaça mandato de Lula"
Freud Godoy era funcionário do Palácio do Planalto e costumava se exercitar com o presidente Lula. Apontado como intermediário da compra do dossiê dos chefes da máfia dos sanguessugas, por um dos petistas envolvidos na negociata, foi exonerado do cargo. Abriu uma crise no governo a 14 dias da eleição. A oposição pede a impugnação do mandato de Lula. O TSE vai investigar a eventual participação do presidente no episódio. O PT jura que nada tem a ver com o crime.

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