Coluna do Celsinho

Tesouro

Celso de Almeida Jr.
De repente, deu uma saudade do Paulinho Versoline.

Faz tempo que ele morreu.

Jovem...uma judiação.

Tentei entender o retorno dele ao pensamento.

Olha...

O Versoline foi um grande cara.

Carinhoso, muito divertido.

Meio filósofo.

Poeta.

Uma caligrafia espetacular.

Nas minhas idas e vindas com a Patrícia, ele me dava uns conselhos.

Eu até achava que ele me vigiava quando das investidas no Café Concerto.

Imagine.

O Dodinho comandando um samba de primeira.

O Marlon preenchendo a mesa com cervejas - tantas - que ele recolhia nosso consumo com um engradado.

E, vez ou outra, entrava o Paulinho.

Olhar atravessado, esperando de mim um bom comportamento.

Fiz o que pude.

Hoje, vejo a esposa e a filha – queridas – encantando, completando, iluminando a minha vida.

É isso.

A lembrança tem um sabor de gratidão.

Sua sensibilidade me ajudou no bom caminho.

A confirmação inquestionável de que devemos cultivar, respeitar e aproveitar a adorável convivência de quem nos quer bem.

Afinal, quem tem um amigo...

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