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Sexta-feira 17 / 07 / 2015

O Globo
"Cunha acusado de receber propina e intimidar doleiro"

Delator diz ter pagado US$ 5 milhões ao deputado, que nega

Preso pela Lava-Jato, Alberto Youssef também depôs ontem à Justiça Federal no Paraná e afirmou que um 'pau-mandado' do presidente da Câmara na CPI da Petrobras tem intimidado sua família

Lobista da Toyo Setal e delator da Lava-Jato, Júlio Camargo disse ter pagado propina de US$ 5 milhões ao atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), em 2011. O depoimento à Justiça Federal no Paraná foi gravado em vídeo. Camargo contou já ter feito a denúncia à Procuradoria Geral da República, que investiga Cunha, e alegou que até então não citara o deputado por medo de retaliação. Segundo ele, Cunha o pressionou a pagar US$ 10 milhões desviados na contrata ção de navios-sonda pela Petrobras. Metade do dinheiro te-ria sido pedida diretamente pelo parlamentar, num encontro no Rio, e paga por intermédio de Fernando Soares, acusado de ser operador do PMDB no esquema. Cunha reagiu dizendo que o procurador-geral, Rodrigo Janot, “obrigou Camargo a mentir'. O doleiro Youssef, que também depôs ontem, acusou um “pau-mandado” do presidente da Câmara na CPI da Petrobras de intimidar sua família.

Folha de S.Paulo
"Cunha levou US$ 5 mi, diz delator"

O lobista e delator na Lava Jato Júlio Camargo afirmou em depoimento ao juiz Sergio Moro que foi chanta-geado e teve de pagar US$ 5 milhões (R$ 15,79 milhões) em propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para assegurar contrato com a Petrobras.

É a primeira vez que Camargo, que colabora com as investigações de corrupção na Petrobras desde dezembro, cita Eduardo Cunha como destinatário da propina.

O acordo de delação corre o risco de ruir porque a Procuradoria identificou omissões para proteger políticos. Camargo disse não ter falado antes por temer represálias.

Segundo o lobista, o pedido de propina ocorreu pessoalmente, no Rio. Ele relata ter sido chantageado pelo deputado federal em razão de dois contratos de US$ 1,2 bilhão com diretoria controlada pelo PMDB na estatal.

O valor teria sido pago pelo doleiro Alberto Youssef e por Fernando Baiano, apontado por investigadores como operador do PMDB.

Cunha nega a acusação e diz que o delator mentiu. O deputado atribuiu o depoimento a uma operação conjunta entre governo federal e Procuradoria-Geral da República. “Parece que o Executivo quer jogar a sua crise no Congresso”, afirmou.

O Estado de S.Paulo
"Acusado de pedir propina de US$ 5 mi, Cunha culpa Janot"

Delator de desvios na Petrobrás, Julio Camargo diz que presidente da Câmara exigiu dinheiro pessoalmente. Contrato envolveu compra de navios-sonda.
Para deputado, procurador-geral obrigou depoente a mentir

Um dos delatores da Operação Lava Jato, Julio Camargo declarou à Justiça Federal que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), exigiu dele US$ 5 milhões de propina em dois contratos da Petrobrás de compra de navios-sonda em 2011. Segundo o delator, Fernando Soares disse que estava sendo pressionado pelo deputado. Soares, conhecido como Fernando Baiano, é apontado como operador do PMDB na estatal. Camargo teria então se encontrado com Cunha no Rio e, por “medo” e “receio”, cedido à pressão.

“Eduardo Cunha é conhecido como uma pessoa agressiva, mas confesso que comigo foi extremamente amistoso, dizendo que não tinha nada pessoal contra mim, mas que havia um débito meu com o Fernando do qual ele era merecedor de US$ 5 milhões.” Alvo de inquérito no STF, Cunha reagiu afirmando que o “delator foi obrigado a mentir” pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a delação “pode ter o Poder Executivo por trás”. Em nota, a Procuradoria-Geral da República informou que “não tem qualquer ingerência sobre a pauta de audiências do Poder Judiciário, tampouco sobre o teor dos depoimentos prestados perante o juiz”.

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