Coluna do Celsinho
Números
Celso de Almeida Jr.
Chame a minha atenção se eu estiver desinformado.
Penso que, se o leitor me brinda com o seu tempo, já nutre um mínimo de consideração.
Assim, pode me repreender, até.
Isso é permitido, mesmo entre amigos anônimos, afinal, ao expor o pensamento, devo estar pronto para o questionamento contundente, bastando manter aquela civilidade que tanto contribui para preservar o respeito mútuo.
Pois bem...
Numa audiência trabalhista que participei, faz alguns anos, cinco ex-funcionários reclamavam os seus direitos.
No outro lado da mesa, eu e meu pai representávamos a empresa.
Ao perceber que nossos argumentos não eram suficientes, sugerimos que eles avaliassem a nossa contabilidade, nossos débitos e créditos.
Toparam.
Poucos dias depois, dois representantes do grupo reuniram-se comigo.
Detalhei tudo - como sempre fiz - mas, desta vez, não me limitei às palavras.
Mostrei números, contas, compromissos e as planilhas arrepiantes.
Vinte dias depois firmávamos um acordo num clima que apontava para a reconciliação, já que situações deste tipo estremecem qualquer relacionamento.
O grande aprendizado deste episódio foi descobrir quantas palavras podem ser economizadas quando recorremos aos números.
Os números, realmente, não mentem.
Estes, mesmo se manipulados, não escondem a verdade por muito tempo.
Vamos lá...
Recorri a esta experiência particular para opinar que a prefeitura, neste anunciado momento de crise, deveria escancarar os seus números.
Detalhar o saldo, os débitos, os compromissos inadiáveis.
Compartilhar com os funcionários e fornecedores a situação em minúcias, prevenindo uma possível estratégia de guerra, se for o caso.
Ou, até, tranquilizar a todos, apresentando uma programação que contemple o período crítico, com os detalhes da solução escolhida.
Esse procedimento, conhecido como gerenciamento de crise, exige enorme firmeza e transparência.
O resultado, porém, garante um mínimo de serenidade para superar o mais grave desafio.
Caso isso já esteja ocorrendo, alguém me avisa, pode ser?
Ficarei mais aliviado, já que os reflexos de uma crise no maior empregador do município atingem toda a economia ubatubense, exigindo das empresas e das famílias a imediata revisão de orçamento e planejamento.
Somar, subtrair, multiplicar e dividir não depende de coloração partidária.
São operações universais que exigem apenas números.
Verdadeiros.
Twitter
Celso de Almeida Jr.
Chame a minha atenção se eu estiver desinformado.
Penso que, se o leitor me brinda com o seu tempo, já nutre um mínimo de consideração.
Assim, pode me repreender, até.
Isso é permitido, mesmo entre amigos anônimos, afinal, ao expor o pensamento, devo estar pronto para o questionamento contundente, bastando manter aquela civilidade que tanto contribui para preservar o respeito mútuo.
Pois bem...
Numa audiência trabalhista que participei, faz alguns anos, cinco ex-funcionários reclamavam os seus direitos.
No outro lado da mesa, eu e meu pai representávamos a empresa.
Ao perceber que nossos argumentos não eram suficientes, sugerimos que eles avaliassem a nossa contabilidade, nossos débitos e créditos.
Toparam.
Poucos dias depois, dois representantes do grupo reuniram-se comigo.
Detalhei tudo - como sempre fiz - mas, desta vez, não me limitei às palavras.
Mostrei números, contas, compromissos e as planilhas arrepiantes.
Vinte dias depois firmávamos um acordo num clima que apontava para a reconciliação, já que situações deste tipo estremecem qualquer relacionamento.
O grande aprendizado deste episódio foi descobrir quantas palavras podem ser economizadas quando recorremos aos números.
Os números, realmente, não mentem.
Estes, mesmo se manipulados, não escondem a verdade por muito tempo.
Vamos lá...
Recorri a esta experiência particular para opinar que a prefeitura, neste anunciado momento de crise, deveria escancarar os seus números.
Detalhar o saldo, os débitos, os compromissos inadiáveis.
Compartilhar com os funcionários e fornecedores a situação em minúcias, prevenindo uma possível estratégia de guerra, se for o caso.
Ou, até, tranquilizar a todos, apresentando uma programação que contemple o período crítico, com os detalhes da solução escolhida.
Esse procedimento, conhecido como gerenciamento de crise, exige enorme firmeza e transparência.
O resultado, porém, garante um mínimo de serenidade para superar o mais grave desafio.
Caso isso já esteja ocorrendo, alguém me avisa, pode ser?
Ficarei mais aliviado, já que os reflexos de uma crise no maior empregador do município atingem toda a economia ubatubense, exigindo das empresas e das famílias a imediata revisão de orçamento e planejamento.
Somar, subtrair, multiplicar e dividir não depende de coloração partidária.
São operações universais que exigem apenas números.
Verdadeiros.
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