Energia
Usinas nucleares
O que acontece na Alemanha e os riscos nas usinas de Angra-RJ
Do Ex-Blog do Cesar Maia
Em 1989, um grupo de deputados e senadores brasileiros foi convidado a visitar as Usinas Nucleares da Alemanha, da Siemens. Pôde-se conhecer todo o sistema de segurança, desde a entrada, com identificação um a um, fora da usina, foto local, encontro em uma sala reservada, oferecimento de informações, e uniformização fechada e rigorosa antirradiação. No final, a entrega dos uniformes para incineração.
Depois, foi feita uma visita ao local de depósito de resíduos nucleares. A corte suprema alemã não havia ainda aceito como definitiva, mas autorizou provisoriamente. É uma antiga mina de sal. O grupo -por partes- desceu a mina num elevador por 800 metros de profundidade, altura do Corcovado-Rio.
As caixas de chumbo lacradas são colocadas no meio do sal. Esse se fecha em torno das caixas como pedras, obstruindo qualquer risco de contato com o ar. E assim mesmo a corte suprema de lá não considera um processo 100% seguro.
Uma vez de volta, foram visitar as Usinas Nucleares de Angra dos Reis-RJ. O acesso a elas foi direto, sem cuidados de identificação especial. Na mesma sala de recepção foram dadas informações e se vestiu o uniforme antirradiação. Foi feita a visita.
Mas o susto maior veio quando foi pedido para se conhecer a área de depósito de resíduos nucleares. São caixas de chumbo como na Alemanha, mas depositadas em prateleiras de um galpão como num supermercado. Este galpão fica a 200 metros do prédio da Usina e pode ser vista da Usina, diretamente.
No mínimo, caberia ao Congresso Nacional constituir, urgente, uma comissão especial e visitar esse depósito, ou outro local de depósito das caixas de chumbo dos resíduos nucleares.
A imprensa informou, ontem (16), que um tufão se aproximou do litoral do Rio. Se esse tufão atingisse a área da Usina, derrubaria, com um sopro, o armazém e espalharia as caixas, inclusive para o fundo do mar. Essa é uma situação extremamente grave que exige fiscalização e resposta, imediatas, por parte do Congresso. Lembre-se que são duas Usinas e mais uma em construção. E que o contrato de 1977 foi simplesmente prorrogado, portanto, com as mesmas condições estabelecidas na época.
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O que acontece na Alemanha e os riscos nas usinas de Angra-RJ
Do Ex-Blog do Cesar Maia
Em 1989, um grupo de deputados e senadores brasileiros foi convidado a visitar as Usinas Nucleares da Alemanha, da Siemens. Pôde-se conhecer todo o sistema de segurança, desde a entrada, com identificação um a um, fora da usina, foto local, encontro em uma sala reservada, oferecimento de informações, e uniformização fechada e rigorosa antirradiação. No final, a entrega dos uniformes para incineração.
Depois, foi feita uma visita ao local de depósito de resíduos nucleares. A corte suprema alemã não havia ainda aceito como definitiva, mas autorizou provisoriamente. É uma antiga mina de sal. O grupo -por partes- desceu a mina num elevador por 800 metros de profundidade, altura do Corcovado-Rio.
As caixas de chumbo lacradas são colocadas no meio do sal. Esse se fecha em torno das caixas como pedras, obstruindo qualquer risco de contato com o ar. E assim mesmo a corte suprema de lá não considera um processo 100% seguro.
Uma vez de volta, foram visitar as Usinas Nucleares de Angra dos Reis-RJ. O acesso a elas foi direto, sem cuidados de identificação especial. Na mesma sala de recepção foram dadas informações e se vestiu o uniforme antirradiação. Foi feita a visita.
Mas o susto maior veio quando foi pedido para se conhecer a área de depósito de resíduos nucleares. São caixas de chumbo como na Alemanha, mas depositadas em prateleiras de um galpão como num supermercado. Este galpão fica a 200 metros do prédio da Usina e pode ser vista da Usina, diretamente.
No mínimo, caberia ao Congresso Nacional constituir, urgente, uma comissão especial e visitar esse depósito, ou outro local de depósito das caixas de chumbo dos resíduos nucleares.
A imprensa informou, ontem (16), que um tufão se aproximou do litoral do Rio. Se esse tufão atingisse a área da Usina, derrubaria, com um sopro, o armazém e espalharia as caixas, inclusive para o fundo do mar. Essa é uma situação extremamente grave que exige fiscalização e resposta, imediatas, por parte do Congresso. Lembre-se que são duas Usinas e mais uma em construção. E que o contrato de 1977 foi simplesmente prorrogado, portanto, com as mesmas condições estabelecidas na época.
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