Manchetes do dia

Segunda-feira, 22 / 02 / 2011

Folha de São Paulo
"Gaddafi massacra líbios, e parte do governo já deserta"

Repressão fez ao menos 400 mortos, segundo estimativas, mas opositores dominam áreas do país

Após seis dias de uma revolta que deixou ao menos 400 mortos e paralisa até Trípoli, a capital, o governo do ditador líbio Muammar Gaddafi – há 42 anos no poder – dá sinais de implosão. Mesmo usando bombardeios e metralhadora contra civis, o regime perdeu o controle de áreas inteiras do território, como Benghazi, a segunda maior cidade do país. Gaddafi já enfrenta deserções de ministros, chanceleres, Forças Armadas e até de tribos que o apoiavam. Há relatos sobre fuga do ditador para a Venezuela. Diplomatas líbios e o governo Hugo Cháves negaram. Em SP, o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) declarou que “[as autoridades líbias] alcançaram um padrão de violência absolutamente inaceitável”. Desde sábado, o Itamaraty tenta retirar 123 brasileiros de Benghazi em um avião fretado. Segundo o governo, cerca de 600 brasileiros vivem na Líbia, 400 deles em Trípoli.

O Estado de São Paulo
"Dissidentes líbios são bombardeados"

Pior dia da repressão a opositores de Kadafi inclui ataques aéreos; ONGs falam em 300 mortos

As manifestações na Líbia contra os 42 anos de ditadura do coronel Muamar Kadafi enfrentaram ontem o mais sangrento dia de repressão. Em uma jornada caótica, o governo teria ordenado à Aeronáutica que bombardeasse os dissidentes nas ruas da capital, Trípoli, para onde centenas de milhares de líbios estariam marchando para protestar contra o coronel. O ministro da Justiça renunciou em protesto pelo uso excessivo da força na repressão. Embaixadores líbios abandonaram seus postos, e dois pilotos da Força Aérea desertaram, refugiando-se em Malta. Organizações internacionais falam em mais de 300 mortos. Ao longo do dia, os rumores sobre a partida de Kadafi rumo ao sul do país se multiplicaram, mas não foram confirmados. Ataques contra prédios públicos, como o Congresso Geral do Povo, o Parlamento líbio e o Ministério da Justiça, se multiplicaram. Postos de polícia, comitês governamentais e emissoras de TV e rádio estatais também foram destruídos.

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