Brasil

PAC, PAC, PAC
Primeiro de abril, companheiros (José Simão)

Corsino Aliste Mezquita
Nas minhas experiências administrativas recebi, repetidamente, observações de administradores e políticos experientes sobre os legados a deixar para futuros ocupantes dos mesmos cargos:

- Nunca digas o que pensavas fazer caso continuasses no cargo.

- Em hipótese alguma projetes o que os sucessores deverão fazer.

-Procura explicar que obras em andamento ou projetos plurianuais constantes dos orçamentos futuros não são idéias tuas e, sim, programações essenciais para resolver problemas presentes ou futuros.

Argumentação para essas observações:

- Político brasileiro é ciumento. Se o palpite for bom não vai executá-lo porque seria creditado ao antecessor.

- É da cultura política brasileira não dar continuidade a obras e projetos dos antecessores. Principalmente quando só apresentados em discursos ufanistas e em ano eleitoral.

- As prioridades do governante podem ser diferentes das do antecessor. Geralmente são.

Memorizei essas recomendações ao presenciar o, para mim, “teatro-palhaçada” do lançamento, pelo Presidente Lula e sua candidata Dilma Roussef, do PAC2, ou, na tradução de José Simão, na Folha de São Paulo: “Primeiro de Abril, Companheiros”. Também assim conceituado por cidadãos que tem acompanhado e avaliado o andamento, o fracasso, os problemas, a não realização de mais de 60% das obras do PAC1.

A candidata parece desconhecer a cultura política brasileira e, com fachada de madrasta, pretende servir, ao povo brasileiro, já antes de eleita, pratos feitos, cardápios mal explicados, marmita... e, como disse a Senadora Marina da Silva: “Alguma coisa nessa marmita está requentada”. Marmita que pode até ter azedado por descuidos próprios de guerrilheira.

Não terá ninguém, no PT, para cochichar ao Presidente Lula e a sua candidata as obviedades e platitudes que registramos acima?

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