Uma vez que não havia, de fato, uma guerra, ambos os lados procuravam demonstrar poderio para intimidar qualquer iniciativa de agressão. Uma das maiores demonstrações de poderio foi feita pela URSS, que fabricou a mais poderosa bomba nuclear da história e a lançou em uma remota ilha no Oceano Ártico, a Novaya Zemlya.

A equipe de cientistas russos que construiu a bomba era liderada pelo Dr. Julii Borisovich Khariton, e incluía os físicos Andrei Sakharov, Victor Adamsky, Yuri Babayev, Yuri Smirnov e Yuri Trutnev. O artefato que eles construíram tinha 3 estágios de operação, fissão-fusão-fissão, podia gerar, em tese, 100 Megatons (o equivalente a 100 milhões de toneladas de TNT), e era designada oficialmente como RDS-220 e recebeu dos cientistas o nome de "Ivan".

Os cientistas, entretanto, modificaram a bomba, pois temiam a grande quantidade de radiação que seria liberada na atmosfera, que afetaria principalmente o próprio território russo, e também efeitos imprevisíveis numa explosão de tão colossal escala na Terra, além de temerem a destruição das aeronaves lançadoras. Na versão final da bomba foi eliminada a carcaça externa de Urânio 238, que constituía o "terceiro estágio", e colocada uma nova carcaça de chumbo, de forma que 97 por cento da explosão seria causada por fusão nuclear. Mesmo assim, a bomba tinha ainda cerca de 57 Megatons de poder explosivo, equivalente a 10 vezes o total de bombas convencionais lançadas por todos os países durante a Segunda Guerra Mundial.

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