Coluna do Celsinho

Distante amanhã?

Celso de Almeida Jr.
Na saída da Festa de São Pedro, encontrei o xará do padroeiro.

Questionador, Pedro Tuzino queria a minha opinião sobre o evento.

Olhei pro povão...não precisei responder.

Mostrei apenas o pedaço de bambu que eu segurava.

Nele, um canudinho me ligava à aguardente com mel, que comprei na barraca da Aduba.

Pedro me contou de sua última viagem ao sul do Brasil, com direito a visitar outros pontos turísticos nos paises vizinhos.

Percebi a sua angústia.

Ele sabe do nosso potencial.

Sabe onde poderíamos estar, onde dá pra chegar.

Despedimo-nos.

Pensei no amanhã.

Os anos passam e ainda não despertamos para o nosso potencial.

Vejo Parati, numa tenda de 3000 m² , com sua Flip, projetar-se internacionalmente.

E nós aqui, voltados para o nosso umbigo, não aproveitando nem a onda da cidade vizinha, o que permitiria atrair turistas para as nossas belezas.

Não se trata de diminuir a importância de nossos eventos.

Nada disso.

Trata-se de produzi-los com tais características que evidenciem a nossa cultura.
Está faltando arrojo.

Está faltando confiança.

Está faltando investimento.

Está faltando parceria.

Não falta capacidade.

Não falta talento.

Não falta criatividade.

Falta acreditar.


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