Intocáveis

Caso Roriz
O silêncio que compromete


De Bernardo Mello Franco em O Globo, hoje:
"O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) optou pelo silêncio, na primeira sessão após as denúncias de que dois juízes teriam recebido suborno, em outubro passado, para absolver o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) de acusações de uso da máquina pública na campanha. Em clima de constrangimento, os juízes se reuniram por apenas três minutos, no fim da tarde de ontem, e deixaram o tribunal sem comentar as denúncias publicadas no fim de semana pela "Veja". Em nota, o TRE informou que repassará ao Ministério Público cópias do processo posto sob suspeita.
Aparentando nervosismo, o juiz José Luiz da Cunha passou a maior parte da sessão conversando com uma assessora e, ao sair do plenário, fez gestos indicando que não falaria sobre o caso. Ele votou pela cassação da candidatura de Roriz na sessão de 13 de outubro, mas, dez dias depois, voltou atrás alegando inexistência de provas e defendeu a absolvição do senador. Cunha foi para o tribunal às vésperas do início da campanha, em $de 2006, por indicação da seção regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Roriz foi alvo de duas representações por adotar seu número na urna eletrônica, 151, no serviço de atendimento da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). As denúncias, encaminhadas pelo PCdoB e pelo Ministério Público, foram rejeitadas por 4 votos a 2 pelo tribunal, mas apenas o partido recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quando o placar estava em 3 a 2 contra Roriz, o julgamento foi adiado por um pedido de vista do juiz Romes Gonçalves Ribeiro". (Noblat)

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