Opinião

“Sincretismo político”
Sincretismo: “Reunião artificial de idéias ou de teses disparatadas”. (Aurélio)

Corsino Aliste Mezquita
Nestes dias de lazer veraneio, altas temperaturas, tormentas tropicais, visitas enriquecedoras de MANOLO e carrossel de notícias políticas circulando de boca em boca, supostamente, como conseqüência precipitada da ruptura do PT com Eduardo de Souza César e da expulsão, do mesmo, do PL, partidos que lhe deram suporte político e financeiro para se eleger, tenho observado o que parecem adaptações camaleônicas, ingratidão, desonestidade e falta de lógica, serenidade e princípios políticos. Uma multidão de velas estão sendo acessas. No nosso olhar de leigo, umas a Deus, outras ao Diabo.
Não tivesse passado da idade de me admirar, de me surpreender, de.... estaria deslumbrado com a capacidade sincrética de alguns de nossos políticos e com o “Samba do crioulo doido” supostamente decorrente. É intrigante a capacidade de algumas gargantas para engolir, sapos gordos e de peso, sem lubrificantes ou vaselinas. Vivemos a Ubatuba do “NUNCA ANTES”.

À situação político-administrativa podemos aplicar a frase de Ramalho Ortigão: “As inteligências que mais ou menos nos governam estão com relação à administração.....num estado de sincretismo bramânico em que nada se compreende e nada se resolve” (Ramalho Ortigão-“As Farpas”. Apud, Aurélio).
Carecendo dos dons da profecia, não sendo cientista ou analista político e nem vidente, transcrevo para reflexão de uns e divertimento de outros,


“AS SEIS MEZINHAS DO DR ULYSSES GUIMARÃES”.

Primeiro: não seja impaciente. A impaciência é uma das fases da estupidez. Entendo que quem está na vida política não pode entrar na historia do dia para a noite. O caminho é longo, perseverante e difícil. A impaciência não acaba só com carreiras futebolísticas”.
Segundo: na política, em geral, e especialmente no poder, se você não pode fazer um amigo, não faça um inimigo. O inimigo guarda o ódio na geladeira. O inimigo, na eleição, amanhece na boca da urna dizendo que a mãe do candidato não é honesta”.
Terceiro: em política nunca se deve proferir palavras irreparáveis, irretratáveis. E aqui eu recordo um conselho de Perón a Isabelita, prevendo que assumiria a presidência da Argentina: “Minha filha, em política fale muito sobre coisas, pouco sobre pessoas e nunca sobre você”.
Quarto: em política você nunca deve estar tão próximo que amanhã não possa ser adversário ou inimigo. E tão distante que amanhã fique em dificuldade por ter que virar amigo”.
Quinto: a grande arma de qualquer bom político é o trabalho. Eu próprio costumo dizer que eu tenho estrela. Está certo que fui muito ajudado pelos amigos e pelos acontecimentos, mas eu vivo passando Kaol na minha estrela”.
Sexto: é preciso saber a arte de escutar. Escutar dá até infarto, dá úlcera. O rei Faiçal, da Arábia Saudita, dizia que Deus deu ao homem dois ouvidos e uma só boca para ouvir o dobro e falar a metade”. (Publicadas na Folha de São Paulo aos 20-10-02.- Folclore Político. Fernando Morais).

A todos feliz e próspero 2007. Esperamos que, nossos administradores locais, encontrem os caminhos do planejamento, da honestidade, de melhores preços e qualidade para as obras, da serenidade, da justiça, da paz e do respeito a Ubatuba e seus moradores e visitantes. As “mezinhas” do Dr. Ulysses indicam algumas trilhas. Para todos, felicidades, justiça e paz sempre. Feliz Ano Novo.

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