Novela Varig perto do desfecho

Acordo garante combustível até hoje

Catherine Vieira e Janaina Vilella, no Valor Econômico
A Varig terá hoje um dia crítico. Um acordo negociado na última sexta-feira pelo presidente da aérea, Marcelo Bottini, com a BR Distribuidora garantiu combustível para os aviões apenas até hoje. Com problemas de caixa, a Varig aguarda ainda hoje um desfecho sobre a situação do leilão de venda do último dia 8 - no qual apenas os funcionários, por meio da NV Participações apresentaram propostas - ou de negociações com outros investidores, como um grupo liderado pela TAP, que correm em paralelo desde meados da semana passada. O próprio Bottini, no sábado, afirmou que hoje seria o "Dia D".
Mesmo se conseguir prolongar o acordo para manter o combustível e os aviões voando a Varig tem outra data crítica esta semana. Na quarta-feira vence a liminar concedida pelo juiz Robert Drain, da corte de Nova York, que protege os aviões da companhia do arresto. Além disso, a Varig enfrenta as dívidas referentes ao repasse de taxas de embarque à Infraero, que na sexta-feira informou que poderia começar a cancelar vôos da Varig.
A expectativa hoje é a de que a Justiça se manifeste sobre a homologação do resultado do leilão ou que se concretize uma nova proposta de investidores.
O presidente da Varig confirmou, no sábado, que existe interesse da TAP. O presidente da TAP, Fernando Pinto, que está no Brasil disse que a área portuguesa está conversando com a Air Canada e o banco Brascan, controlado pelo fundo de investimentos canadense Brookfield. Mas descartou associação com a NV Participações.
Já o grupo ligado ao ex-presidente da VarigLog, José Carlos Rocha Lima, e ao Fontidec estaria mantendo conversas com a NV. Mas o fundo americano Carlyle, que chegou a ser ventilado como um dos parceiros deste grupo, negou, por meio de seu porta-voz, Christopher Ullmann, que tenha qualquer interesse na Varig.Se a venda para a NV não for homologada, uma hipótese que começou a ganhar corpo, segundo fontes que acompanharam as reuniões, seria a chamada falência continuada, com o afastamento dos gestores e a continuidade da operação. Segundo as fontes, essa seria uma opção num eventual acordo com o grupo ligado à TAP. No entanto, paira a dúvida sobre a questão da concessão, uma vez a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem divergências com relação a essa possibilidade. (Com agência O Globo e Folhapress)

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