Só dinheiro pode ajudar a Varig

Para especialistas, recuperação judicial não ajudou a Varig

Por Janaína Lage, na Folha de S.Paulo:
“Depois de um ano de recuperação judicial, a Varig ainda não conseguiu equacionar seu principal problema: a necessidade de atrair um investidor interessado em financiá-la. Especialistas consultados pela Folha dizem que a situação da empresa é muito peculiar e que a recuperação judicial não foi a melhor alternativa para viabilizar a continuidade das operações. A Varig aderiu à nova Lei de Falências no dia 17 de junho do ano passado. Pressionada pelo pedido de retomada de aviões pela empresa de leasing ILFC, a empresa buscou a recuperação judicial como forma de proteger seus ativos e ganhar tempo para se reestruturar. À época, a empresa ensaiava a venda de suas operações para a TAP, mas o imbróglio com credores reduziu o interesse dos portugueses. Atualmente, a TAP voltou a representar uma das principais alternativas de recuperação da Varig, em um consórcio formado por TAP, Air Canada e Brookfield. A empresa continua lutando na Justiça americana para estender o prazo que protege as aeronaves de arresto. Apesar do agravamento da crise nos últimos meses, nenhum credor pediu a falência da empresa. A avaliação de especialistas é que a Varig não serve como parâmetro de eficácia da nova Lei de Falências. "A complexidade do caso, o tamanho da empresa, o tempo que se levou para buscar uma alternativa e o número de envolvidos fazem com que ela seja um caso de exceção em qualquer lei", afirma Fábio Bartolozzi Astrauskas, sócio da consultoria Siegen, especializada em recuperação judicial.”

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