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Domingo 20 / 03 / 2016

O Globo
"Governo enfrenta crise com controle da PF e ataque a Moro"

Ameaça do ministro da Justiça a investigadores provoca reação de delegados

Planalto e petistas atuam em três frentes para barrar impeachment de Dilma: enfrentar a Lava-Jato, elevar as críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e apostar nas manifestações de rua a favor de Lula e do governo

Para tentar sair da paralisia política e econômica e enfrentar o impeachment, o governo aposta em pelo menos três grandes estratégias. A mais evidente até agora é o confronto direto com a Operação Lava-Jato. O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse ao GLOBO estar estudando medidas judiciais contra o juiz Sérgio Moro e também contestou a tese de “prender alguém para que fale”, que, segundo ele, é usada nas delações. O ministro quer punir policiais federais que vazarem dados de investigações. A postura do governo animou os petistas, que já apostam que a reação do Planalto, associada a um discurso contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode dar fôlego para Dilma vencer a crise com apoio da militância. Pesquisa Datafolha, no entanto, mostra que 68% querem o impeachment. 

Folha de S.Paulo
"68% defendem impeachment"

Segundo Datafolha, apoio dos eleitores do país ao impedimento da presidente subiu oito pontos desde fevereiro

O apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) cresceu oito pontos desde fevereiro e, segundo o Datafolha, hoje 68% dos eleitores são a favor de sua deposição pelo Congresso. Os que se declaram contra o impedimento da petista são hoje 27% (eram 33% no levantamento anterior). O apoio ao afastamento aumentou em todos os segmentos pesquisados. A queda foi maior entre os que têm de 45 a 59 anos (52% para 68%) e entre os mais ricos ( 54% para 74%). Cresceu também o total dos que querem a renúncia de Dilma ( de 58% para 65%). A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de março. A reprovação ao governo voltou ao patamar recorde: 69% avaliam a gestão como ruim ou péssima, e 10% a consideram boa ou ótima. O índice de reprovação é comparável ao registrado em agosto de 2015 (71%), o mais alto da série histórica do Datafolha (iniciada em 1989). A margem de erro é de dois pontos percentuais. Na quinta (17), a Câmara instalou comissão que analisará o pedido de impeachment da presidente.

O Estado de S.Paulo
"FHC defende impeachment e diz que Lula é irresponsável"

Para ex-presidente, ruas ditaram o caminho; diálogos gravados do petista são ‘coisa de chefe de bando’

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que a petista Dilma Rousseff precisa ser afastada da Presidência pelo Congresso. Em entrevista a José Alberto Bombig, ele disse que essa é a única saída para as crises políticas e econômica. No início do ano, FHC chegou a questionar a legitimidade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no STF, para conduzir o processo de afastamento. Porém, depois do último dia 13, quando milhões de brasileiros se uniram no maior protesto contra Dilma e o PT, ele afirma que a legitimidade do processo não vem do Congresso, mas das ruas. “Se eu bem entendi o que as ruas gritaram, foi isso. As ruas gritaram renúncia, fim, impeachment”, afirmou. FHC diz que o PSDB deve contribuir com um eventual governo do atual vice, Michel Temer (PMDB), com ou sem cargos na Esplanada dos Ministérios.  
           

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