Ubatuba em foco

Polícia Civil apreende computadores na Prefeitura e na Câmara

Saulo Gil no Imprensa livre (original aqui)
O caso das eleições do Conselho Tutelar ganhou maiores dimensões nessa quinta-feira em Ubatuba. A Justiça local já tinha deferido, no mês passado, uma medida liminar determinando a busca e apreensão de documentos na Câmara Municipal, com o objetivo de coletar todos os registros de preços e os contratos realizados pelo Legislativo ubatubense no ano de 2010.

Segundo o Ministério Público, na época, foram feitas denúncias de que a própria direção da Casa de Leis estaria com a intenção de usar dinheiro público para subsidiar a defesa jurídica dos três primeiros vereadores afastados por suspeitas de irregularidades na eleição do Conselho Tutelar (Mico, Claudinei Xavier e Silvinho Brandão).

Ainda no mês passado, antes de analisar os primeiros documentos do caso, a promotoria já falava em suspeita de um esquema de mensalinho instituído na cidade e que envolvia pagamento constante de dinheiro público em troca de apoio jurídico e alianças políticas.

O processo seguiu e, na tarde de ontem, a justiça determinou nova busca e apreensão de documentos na Câmara Municipal. No entanto, desta vez, a operação se estendeu ao Gabinete do Prefeito, Secretaria de Arquitetura e Urbanismo, Gerência de Tributos e até nas residências de algumas autoridades ubatubenses. A prefeitura não soube informar ao certo quantos computadores foram levados do prédio do Executivo. Estima-se que entre 10 e 20 máquinas foram recolhidas e lacradas pela Polícia Civil.

Já na Câmara dos vereadores, desta vez, foram levados sete hds dos computadores da diretoria do Legislativo. De acordo com o responsável pela administração da Casa de Leis, Rodrigo de Oliveira, o novo mandado de busca e apreensão faz parte de uma ação incidental, que surgiu no decorrer do processo referente ao caso dos vereadores na eleição do Conselho Tutelar de Ubatuba. Além do prédio da prefeitura e da parte administrativa da Câmara, fontes não oficiais, relataram a presença de policiais nas proximidades das casas do prefeito Eduardo Cesar e do vereador Gerson de Oliveira.

A reportagem tentou o contato com ambos, porém, não houve retorno até o final da tarde de ontem.

Como a promotoria esteve durante toda a tarde de ontem em diligências pela cidade, também não foi possível a realização de entrevista sobre os últimos acontecimentos e sobre os locais em que foram realizadas as buscas por documentos.

A Polícia Civil também não forneceu mais detalhes da operação, argumentando que apenas cumpriu uma determinação judicial. A delegacia seccional ainda confirmou que a operação não faz parte de inquérito policial e sim de uma Ação promovida pelo Ministério Público da cidade.

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Comentários

Anônimo disse…
E então Sidney ? Agora você acredita na informação que lhe foi enviada há dois meses atrás ?
sidney borges disse…
Sim, acredito, minhas fontes não falham.

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