Das obviedades óbvias...

Terceira via em 2010 é quase impossível, indica pesquisa

Corrida não será plebiscitária, mas polarizada entre PSDB e PT, diz professor da PUC-RJ

Wilson Tosta, RIO
O resultado de um estudo de quatro pesquisadores sobre a eleição presidencial de 2006 indica a virtual impossibilidade de uma terceira via na sucessão em 2010. O País voltará a viver uma disputa polarizada entre tucanos e petistas, segundo um dos quatro pesquisadores, professor César Romero Jacob, da PUC do Rio.


Ao analisar o cenário da divisão eleitoral do Brasil na última corrida pelo Palácio do Planalto, os estudiosos notaram que ele pode se repetir. Em 2006, nas regiões Norte e Nordeste, onde os programas sociais, como o Bolsa-Família, foram mais fortes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve ampla vitória. Já na região Centro-Sul, onde o dólar barato derrubou o agronegócio, o tucano Geraldo Alckmin teve melhor desempenho. Em 2010, as condições não devem variar, porque há uma nova e franca desvalorização da moeda americana e, paralelamente, mais beneficiários no principal programa social do governo.

"Não acho que essa divisão de votos entre Norte/Nordeste e Centro/Sul tenha relação com a questão da escolaridade", diz Jacob. "Tucanos poderiam achar que o presidente Lula caiu nas regiões mais ricas porque os escândalos do mensalão calaram no eleitorado mais informado. Mas prefiro a máxima de Delfim Netto: o bolso é a parte mais sensível do homem.

"O estudo foi publicado na revista acadêmica Alceu, sob o título "A Eleição Presidencial de 2006 no Brasil: Continuidade Política e Mudança na Geografia Eleitoral". Além de Jacob, foi assinado por Dora Rodrigues Hees, da PUC, Philippe Waniez, da Universidade de Bordeaux, França, e Violette Brustlein, do Centro Nacional de Pesquisa Científica, da França.
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Nota do Editor - Sempre bato no peito e me regozijo por ter nascido nesta terra cujas cores da bandeira representam o azul do céu, o verde das florestas intocáveis, o amarelo do ouro do pré-sal e o branco da pureza dos políticos. Mas o que de fato enche meu peito de orgulho são acadêmicos que interpretam pesquisas e dão informações tão precisas que me levam às lágrimas. A continuar assim o Brasil não precisa temer pelo futuro, certamente um brasileiro acabará por inventar a roda. Waal. E eu que pensei que Marina ou Ciro tivessem alguma chance. Talvez Eymael, um democrata cristão... (Sidney Borges)

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