Coluna do Celsinho

Navalha

Celso de Almeida Jr.
O malandro original intimidava com a navalha.


Ligeiro, não titubeava, mesmo que precisasse levá-la ao pescoço do adversário.

Isso ilustra bem a minha teoria.

Política joga-se assim.

Não basta ser malandro.

Tem que estar armado.

Claro que é uma analogia.

Onde se lê malandro, dê um desconto.

Lembre-se que este blog chama-se Ubatuba Víbora.

Onde se lê navalha, imagine os diversos recursos para intimidar, que um maquiavélico moderno pode usar.

É essa a leitura que faço do afastamento do Mauro Gilberto Freitas, o Maurinho, da prefeitura de Ubatuba.

Não me convenci de uma saída tranquila.

Fala-se que ele irá colaborar na campanha do Gil Arantes, para deputado, tarefa que desempenharia com muito brilho.

Voltaria depois.

Será?

Considerei sólido o comentário de nosso editor, Sidney Borges, observando que Maurinho prepara-se para disputar a sucessão de Eduardo, afastando-se em tempo, para não colher tempestades.

Pois é...

Creio mesmo que só o Sombra sabe o que esconde os corações humanos...

Mudanças em governos são absolutamente normais.

Mas estamos falando do principal aliado do prefeito; um homem extremamente pragmático, que fez todo o jogo duro até aqui.

Como foram os bastidores dessa história?

Quem jogou e como jogou?

Não se trata de especulação, astuto leitor.

É um exercício próximo ao xadrez, que tanto bem faz ao pensamento.

E, nesse caso, ao nosso futuro também.

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