Brasil

Realidade e fantasia

Sidney Borges
O discurso do professor Weber Figueiredo, postado abaixo, deixa claro que a exportação de matérias primas jamais, escrevi jamais, palavra forte que não dá margem a dúvidas, jamais será suficiente para o Brasil superar seu maior problema: a desigualdade.

Centenas de sacos de soja e milhares de litros de água são suficiente para adquirir um computador. É uma troca desigual. O mesmo raciocínio serve para o minério da tão decantada Vale, que só faz cavar buracos e vender o produto da escavação. Também podemos citar carne, café, que vendemos em grãos e os alemães processam e agregam valor, vendendo uma latinha de 100g de café solúvel pelo preço de dezenas de quilogramas de grãos.

O dinheiro obtido com produtos primários torna fazendeiros e intermediários ricos, o imposto ajuda o governo a empregar apaniguados, sustentar a imensa máquina de propaganda e continuar no poder. Mas não é suficiente para eliminar as favelas das periferias, que só crescem, apesar da propaganda pintá-las de rosa e afirmar que o país está rico. Rico com 100 milhões vivendo sem rede de esgoto?

Não pense o leitor que estou criticando o governo atual.

O modelo problemático teve origem na descoberta do Brasil e na opção pela mão de obra escrava.

Criticar é fácil propor nem tanto. Para virar o jogo só há um caminho. Desenvolver o potencial da população brasileira através da Educação.

Para tanto precisaríamos de governos que pensassem no Brasil do futuro, investissem na formação de professores, pagassem salários dignos para atrair os melhores.

Entra governo, sai governo e não há sinais de que isso possa acontecer. Políticas educacionais não rendem prestígio imediato, nem votos.

Não vou falar em violência, é tão visivel que a propaganda oficial tenta mas não consegue camuflar. Será que daqui a 300 anos as coisas estarão melhores?

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