Em trânsito
Incidente na Tamoios
Sidney Borges
Ontem embarquei no ônibus das 18h30, em São Paulo, com destino a Ubatuba. Estava quase vazio, na poltrona atrás da minha um rapaz bem vestido espalhava a bagagem ocupando o lugar que correspondia a mim. Gentilmente ele perguntou se estava incomodando. Respondi que não, coloquei a mochila no banco ao lado e partimos.
Noite bonita, pela janela panorâmica dava para ver a Lua. A viagem foi agradável até chegarmos a um posto policial na Rodovia dos Tamoios, antes de Paraibuna, onde o ônibus foi parado. Dois policiciais entraram e fizeram uma verificação que parecia de rotina, mas não era.
O passageiro da poltrona atrás da minha foi interpelado e pelas respostas que deu, usando jargão típico de presidiários, percebi que tinha boi na linha. Na bagagem de mão ele transportava alguma coisa fora da lei, imagino que fosse crack, mas também podia ser cocaína ou maconha. Vários pacotes suspeitos, daqueles da TV e dos jornais.
Enquanto ele dizia aos guardas não saber a origem da muamba, foi algemado e levado para fora do ônibus. Em seguida os policiais voltaram e levaram outra mala, aquela que ele colocou no meu bagageiro. Por fim, ficamos parados por mais de uma hora esperando Godot.
O ônibus foi apreendido. Outro ônibus nos transportou até Caraguatatuba e outro ainda até Ubatuba. Foi um incidente desagradável, lembrei-me da ex-ministra Marta Suplicy, ou melhor, segui o conselho dela. "Relax and enjoy".
O suposto traficante era jovem, tinha boa aparência. Fiquei triste por ele, poderia estar envolvido em alguma atividade que não redundasse em malefícios para a sociedade.
O consumo de crack está crescendo em Ubatuba. Das drogas, a mais assustadora.
Viciados fazem qualquer coisa por uma pedra, roubam, matam, garotas se prostituem, até casos de mães que venderam filhas a pedófilos foram relatados.
Nas proximidaes da Praça Bip, na noite de terça-feira um grupo de consumidores de crack atacou um carro a pedradas.
Por acaso, o meu carro.
A sociedade pede providências, o lugar de sociopatas é longe do convívio.
Cabe à polícia desatar o nó.
Twitter
Sidney Borges
Ontem embarquei no ônibus das 18h30, em São Paulo, com destino a Ubatuba. Estava quase vazio, na poltrona atrás da minha um rapaz bem vestido espalhava a bagagem ocupando o lugar que correspondia a mim. Gentilmente ele perguntou se estava incomodando. Respondi que não, coloquei a mochila no banco ao lado e partimos.
Noite bonita, pela janela panorâmica dava para ver a Lua. A viagem foi agradável até chegarmos a um posto policial na Rodovia dos Tamoios, antes de Paraibuna, onde o ônibus foi parado. Dois policiciais entraram e fizeram uma verificação que parecia de rotina, mas não era.
O passageiro da poltrona atrás da minha foi interpelado e pelas respostas que deu, usando jargão típico de presidiários, percebi que tinha boi na linha. Na bagagem de mão ele transportava alguma coisa fora da lei, imagino que fosse crack, mas também podia ser cocaína ou maconha. Vários pacotes suspeitos, daqueles da TV e dos jornais.
Enquanto ele dizia aos guardas não saber a origem da muamba, foi algemado e levado para fora do ônibus. Em seguida os policiais voltaram e levaram outra mala, aquela que ele colocou no meu bagageiro. Por fim, ficamos parados por mais de uma hora esperando Godot.
O ônibus foi apreendido. Outro ônibus nos transportou até Caraguatatuba e outro ainda até Ubatuba. Foi um incidente desagradável, lembrei-me da ex-ministra Marta Suplicy, ou melhor, segui o conselho dela. "Relax and enjoy".
O suposto traficante era jovem, tinha boa aparência. Fiquei triste por ele, poderia estar envolvido em alguma atividade que não redundasse em malefícios para a sociedade.
O consumo de crack está crescendo em Ubatuba. Das drogas, a mais assustadora.
Viciados fazem qualquer coisa por uma pedra, roubam, matam, garotas se prostituem, até casos de mães que venderam filhas a pedófilos foram relatados.
Nas proximidaes da Praça Bip, na noite de terça-feira um grupo de consumidores de crack atacou um carro a pedradas.
Por acaso, o meu carro.
A sociedade pede providências, o lugar de sociopatas é longe do convívio.
Cabe à polícia desatar o nó.
Comentários
A policia, coitados, pouco ou nada pode fazer.
Tirar do convivio social sem combater a causa, que sei que é muito maior do que relatei, nunca será eficaz.
Abraço
Beto Francine