A ponderar...

A greve pública dói mais e rende menos

De Elio Gaspari em "O Globo"
Há poucas maneiras de se chegar ao paraíso, mas uma delas seria por meio de uma greve geral "até a vitória final", com o pagamento dos dias parados. Enquanto não se vai ao sonho da paralisação remunerada, os números do Sistema de Acompanhamento de Greves do Dieese indicaram que os servidores públicos de Pindorama continuam na trilha do bem-estar universal.
Em 2007, aconteceram 316 greves no Brasil. A tabulação de 211 dessas paralisações somou 1,4 milhão de trabalhadores. De uma maneira geral, elas se dividiram meio a meio entre os setores público e privado.
Essa é a boa notícia.
Agora a má: na esfera pública, 107 greves custaram 217,36 milhões de trabalhadores/hora. No setor privado, cem greves saíram por 19,2 milhões de homens/hora parados. Na área pública houve 31 greves com mais de um mês de duração. Uma delas, de policiais alagoanos, estendeu-se por sete meses. Fora da jurisdição da Viúva, foram apenas duas. Na área privada metade das paralisações durou apenas um dia.
Num universo de 211 greves, os servidores públicos responderam por 87% do volume de trabalhadores/hora parados, mas nem por isso saíram-se melhor nas negociações. A análise de 145 paralisações mostrou que suas greves produziram bons resultados na metade dos casos, mas a taxa de sucesso dos trabalhadores das estatais ficou em 86%. No setor privado o índice foi de 71%.
Um levantamento superficial feito no ano passado indicou que no mês de agosto o Brasil ficou com 20% das greves de serviços públicos ocorridas no mundo. Aconteceram 35 paralisações, mobilizando pelo menos 150 mil servidores, afetando a vida de cerca de 5 milhões de pessoas. (Do Blog do Noblat)

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