Política

Nada pessoal

Dora Kramer
Na proporção de duas para cada cinco frases, o ex-governador Geraldo Alckmin repete que a decisão de se candidatar à Prefeitura de São Paulo "não tem caráter pessoal". O que o PSDB decidir, diz, estará bem decidido.

Até apoiar uma aliança com o prefeito Gilberto Kassab?
Médio, nota-se pela avaliação dele sobre um cenário em que o PSDB se abstenha de concorrer em São Paulo: "Seria uma situação inédita e extremamente desfavorável para o partido, o eleitorado não aceitaria."
Nada pessoal, só uma análise fria do quadro cuja definição final, no entendimento dele, carece de urgência e depende da vontade do partido e do desejo da população.
Considerando que a aferição popular se faz mediante pesquisas nas quais aparece hoje em primeiro lugar e que qualquer partido prefere ser protagonista que coadjuvante numa eleição, Geraldo Alckmin defende uma tese absolutamente em acordo com seu plano de vôo.
Plano este que pode ser mesmo administrar a cidade de São Paulo "para fazer o bem do povo", mas no momento visa à inclusão partidária.
Alckmin nada diz - claro, não aborda a questão sob o prisma pessoal -,mas seus defensores explicitam: o "outro lado" na nação tucana avançou feito trator, imaginando que poderia deixá-lo de lado agora, mediante a promessa de garantia da vaga para a disputa do governo paulista, em nome da aliança estratégica com o Democratas, visando a arrumação de forças para a disputa presidencial de 2010.
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