Rompimento

Servidores petistas defendem administração Eduardo Cesar

Tendo em vista o rompimento do Partido dos Trabalhadores (PT) com a administração Eduardo Cesar e a nota divulgada na imprensa, na qual constam acusações mentirosas sobre o atual governo, alguns servidores petistas se manifestaram a favor do prefeito e de sua linha administrativa.
José Pinto de Souza Americano, Coordenador de Materiais e Patrimônio da Prefeitura de Ubatuba e responsável pelas licitações, filiado ao PT desde 2002, se mostrou indignado em relação às afirmações que constam na nota “PT rompe aliança com Eduardo Cesar”. “O vice-prefeito, Domingos dos Santos, fala sobre preços excessivos, superfaturamento, mas nunca, nesses dois anos de administração, mostrou qualquer interesse em saber como funciona um processo licitatório. Ele é ausente e fala sobre coisas que desconhece”, afirma Americano.
Ainda em relação à acusação de superfaturamento, Americano lembra que foi realizado serviço de dedetização em todo o prédio da prefeitura, com gastos que giraram em torno de R$ 6 mil. Já o companheiro petista Jairo dos Santos, quando presidente da Câmara Municipal, fez a dedetização no prédio da Câmara, muito menor que o da prefeitura, e gastou R$ 18 mil, três vezes mais que o gasto da prefeitura. “Quem realmente superfaturou orçamentos foram eles”, disse Americano.
O funcionário responsável pelas licitações da prefeitura explica que o vice-prefeito baseia suas acusações em boatos, principalmente os que têm como fonte o ex-secretário de Educação. “É incrível como algumas pessoas do PT, que até dois anos atrás não podiam nem ver o ex-secretário pela frente, agora escutam o que ele diz e propagam as inverdades”, disse Americano, lembrando que o presidente do partido, Mauricio Moromizato, também se baseou em informações desencontradas do ex-secretário para criticar a terceirização da merenda, que hoje é sucesso absoluto.
“O rompimento aconteceu devido a interesses particulares e não por interesses partidários. Esta não é uma oposição sustentada contra a política administrativa de Eduardo Cesar e sim meramente pelo fato de determinadas pessoas não terem alcançado os cargos que pretendiam dentro da administração”, disse Americano.
Outro petista que fez questão de se manifestar contra a nota publicada pelo PT local foi o professor Quincas, coordenador dos Grupos Setoriais da Fundart. “A administração do Eduardo em nada deixa a desejar em relação aos compromissos que assumiu com a população e com o PT. O próprio PT não teria condições de fazer uma administração correta, progressista e corajosa como a do Eduardo. Por exemplo, quem teria coragem de implantar o congelamento, que é extremamente necessário, mas pode ser visto com antipatia pela população? Ninguém do PT faria isso”, diz Quincas.
“A administração Eduardo Cesar vem ao encontro daquilo que o PT tinha como projeto, de acordo com as condições da cidade, pois de nada adiantam boas idéias se não houver aplicabilidade. A administração é participativa e só não é mais porque Ubatuba não tem organização popular; a sociedade civil ainda é embrionária politicamente”, acrescenta o professor.
Quincas lembrou ainda a implantação de vários postos de saúde, das ciclofaixas, “que aparentemente não atenderia aos interesses dos comerciantes, mas o prefeito teve peito de implantar”, do enfrentamento ao parque Trombini, “que nenhum outro prefeito fez e que o Eduardo está fazendo o possível para remover”. “A administração Eduardo Cesar é politicamente progressista, é uma administração de obras, o que ele está fazendo na Avenida Iperoig vai ficar marcado na história”.
Quincas concorda com Americano no que diz respeito ao rompimento: “a meu ver, o rompimento veio em decorrência do próprio fracionamento do PT em grupos políticos de cunho pessoal”. “O Jairo desde o início vem fazendo oposição sem consultar o coletivo do partido e de forma aloprada (parafraseando o presidente Lula) começou a bater, desconstruindo a administração da qual ele era parte. O político deve ter ambição, mas não uma ambição narcisista, que é o que está acontecendo dentro do PT de Ubatuba: projetos pessoais usando o partido”, afirmou Quincas, que se desligou do partido em Ubatuba, justamente por “falta de maturidade do PT para participar da administração Eduardo Cesar. Faltou humildade e experiência administrativa. O Eduardo não deu cargos na quantidade que o PT queria”.
Em relação às afirmações do vice-prefeito, o professor acrescenta: “o Eduardo deu um espaço político ao Domingos que vai além do cargo de vice-prefeito. Conseqüentemente ele vem acompanhando a administração desde o começo, então, por quê só agora ele decidiu fazer críticas? Por acaso era algum segredo, conveniência ou alucinação política? Por quê só agora ele “descobriu” estes equívocos. Para mim isso chama-se ressentimento”.
Sobre a expulsão do prefeito do PL, Quincas disse: “foi sem pé nem cabeça. Respeito a Dna Ana, mas não entendi sua atitude, extremamente inconseqüente. Onde está a explicação lógica, político-administrativa desta expulsão? O prefeito não fez nada que justifique esta atitude da presidente do partido”.


Bárbara Silva
barbaradsilva@hotmail.com

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