O bicho pega ou o bicho come?

Apenas mais uma hora...

Chegou o horário de verão. Eu que tenho como norma evitar atrasos vou começar os próximos dias atrasado. O meu relógio biológico demora a se adaptar às novas regras. Continuarei indo dormir quando tiver sono e ao acordar terei de apressar o passo para fazer o que antes fazia com folga. Quando a mudança das horas cair na rotina e eu estiver adaptado, terminará o horário de verão. Aliás, se a curva de aquecimento global mantiver a inclinação, o horário de verão será redundância. Sempre será verão. Não é uma perspectiva agradável. A estação dos dias longos traz no bojo altas temperaturas. Calor excessivo causa desertificação e seca, o que torna a vida difícil. Prevalecendo o andar da carruagem a água abundante de hoje será um bem raro e precioso e, portanto, caro. Aliás, já é. Um litro de água mineral custa mais do que um litro de gasolina. Infelizmente as providências para virar esse jogo estão além da nossa capacidade de cidadãos responsáveis. Fazem parte de políticas de Estado. E nem todos os governos parecem preocupados com o porvir. Os petroleiros americanos, financiadores do presidente Bush, são os primeiros a enfiar a cabeça no buraco. O ciclo do petróleo está no fim ou o ciclo do petróleo vai causar o fim? Para eles pouco importa, desde que haja lucro. Se a estimativa de esperar trinta anos para substituir os combustíveis fósseis prevalecer é provável que de nada adiantarão as mudanças. Em trinta anos o processo destrutivo do aquecimento global terá atingido o ponto de não retorno. Difícil é saber se sobrará alguém para contar a história. Quem sabe a Terra experimente se livrar dos homens e espere a evolução tornar os lagartos inteligentes. Quiçá não tenham a volúpia destrutiva dos humanos. (Sidney Borges)

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