Fica ou sai?

Ronaldo, dúvida que assola a nação

Futebol não se ganha com o nome, é preciso jogar com vontade, com garra, com determinação, com a volúpia do faminto que disputa um prato de comida. E com esquema tático. O time brasileiro é bom, mas se jogar pensando que os outros tremerão com medo da tradição, irá repetir 1998, quando perdemos para um time apenas razoável. Ronaldo é (ou foi?) um craque, mas vem patinando no Real Madrid há algum tempo. Que ele está fora de forma é indiscutível. Romário também teve seu tempo, ganhou meia copa para o Brasil. Há quem diga que ganhou a copa inteira, em 1994. O peso da idade o impede de continuar jogando. Ronaldo é milionário, está com a vida ganha, entediado, acometido da síndrome de Greta Garbo: “I want to be alone”. Com ele e Adriano na frente, dois tanques pesados, a coisa poderá se complicar. O Brasil teoricamente não deveria perder. Individualmente é um dos dois melhores times da Copa, só comparável à Argentina, que aplicada e sem o ego inflado será sempre um adversário duro de bater. Um detalhe. É notável o empenho do narrador da Globo, Galvão Bueno, em proteger Ronaldo. Quem acompanhou o jogo pela emissora do plim, plim, pode ver a distância que houve entre o que aconteceu em campo e a vontade do narrador de mudar a realidade. Kaká não errou um passe sequer, fez o gol que nos salvou e foi criticado todo o tempo. Ronaldo, perdido em campo, parado qual poste, só recebeu elogios. Será que a Nike tem alguma coisa a ver com isso?

Sidney Borges

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