Dias turbulentos pela frente...

Gasto social insustentável apontado pelo Ipea levará próximo governo a tomar decisões duras, para decepção do eleitor

Por Maria Cristina Fernandes, no Valor:
"A sucessão de 2006 embute um estelionato eleitoral de grandes proporções. Não há saídas no horizonte que contornem a necessidade de corte no gasto público para recuperar a minguada capacidade de investimento do Estado. A oposição se diz capaz de fechar a conta enxugando a máquina do Estado. Mas esse ajuste não vai dar nem para o começo. (...) Nota técnica publicada no boletim de conjuntura do Ipea mostra os números do inevitável corte de gastos públicos que aguarda o próximo governo. A nota, assinada pelos economistas Mansueto Almeida, Fabio Giambiagi e Samuel Pessoa, já inicia por tentar desmontar a percepção, de ampla divulgação, de que o Estado é grande, gasta mal e desperdiça recursos com salário de funcionários públicos. Não há dúvidas de que o gasto cresceu. Os economistas lembram os números - as despesas passaram de 14% para 23% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1991 e 2005 - mas fica claro que esse crescimento deveu-se ao esforço do Estado em aumentar sua capacidade de proteção social. (...) São os programas sociais, notadamente o Bolsa Família e o auxílio mensal a idosos e deficientes, que pressionam o custeio da máquina estatal. De 2001 até 2005, o peso dos programas sociais no PIB do país duplicou.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu