Na velha fotografia, o testemunho de um equívoco que durou 52 anos

O capítulo final desa história que remete a memória aos tempos heróicos da aviação, à lembrança de homens como Saint-Exupéry, Mermoz, Guillaumet e Dumesnil, foi encenado há algumas semanas: Léon Antoine, após 52 anos, retornando a Ubatuba. Revendo os mesmos cenários hoje muito mudados, impossibilitado de hospedar-se no colonial Hotel Felipe, que não existe mais, para abrigar-se sob as sofisticadas quatro estrelas do Palace Hotel. As testemunhas da época são também poucas.
Mas lá estava Filinho, o historiador, farmacêutico, ex-prefeito. O homem que ajudara a cimentar um mito e que assistia à definitiva destruição do seu atraente mistério. Ubatuba, cujas areias receberam escritos do Anchieta, cujos índios foram introduzidos pelo padre Nóbrega aos rudimentos do que o Ocidente chama de civilização, cujas paisagens extasiaram o alemão Hans Staden, teria de abrir mão de sua mais palpitante história contemporânea: o Pequeno Príncipe jamais passou uma noite no Hotel Felipe.


A história que deu origem a uma lenda na região litorânea paulista foi desvendada em reportagem de Edmar Pereira, publicada no Caderno de Programas e Leituras do Jornal da Tarde/OESP em São Paulo, 11 de janeiro de 1986.

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