Manchetes do dia

Terça-feira 5 / 04 / 2016

O Globo
"Na defesa de Dilma, Cardozo indica que recorrerá à Justiça"

Para advogado-geral da União, processo é vingança de Cunha

Presidente da comissão, Rogério Rosso rebate ministro e diz que colegiado seguiu rito do Supremo; analistas veem estratégia de questionar regras processuais, já que STF não deve analisar mérito

Encarregado da defesa da presidente Dilma na comissão de impeachment, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que o processo é ilegal e que pedirá sua nulidade. Para Cardozo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cometeu “desvio de poder” ao acolher o pedido movido, segundo ele, por vingança. Afirmou ainda que o processo é “um erro histórico”, que não houve dolo da presidente nas “pedaladas” fiscais e que o impedimento retiraria a legitimidade do próximo presidente. Após a sessão, o ministro confirmou que estuda recorrer ao STF. O presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD), rebateu e lembrou que o rito foi estabelecido pelo Supremo. Para analistas, a defesa evidenciou a estratégia de questionar regras processuais, uma vez que o STF não deve interferir no mérito. Hoje começa a contar o prazo para a entrega do parecer da comissão.   

Folha de S.Paulo
"Pedido de impeachment é ‘golpe’ e ‘nulo’, diz Cardozo"

Na Câmara, advogado-geral da União nega que Dilma tenha cometido crime grave

Ao defender a presidente Dilma Rousseff na Câmara, José Eduardo Cardozo, advogado- geral da União, classificou o pedido de impeachment de “viciado”, “nulo” e “golpe de Estado”. Ela é acusada de crimes de responsabilidade — fiscais, na maioria. Na comissão especial, Cardozo disse que a deposição só deve ocorrer em condição excepcional, com prova de cometimento de grave irregularidade, o que não é o caso. Afirmou ainda que adversários usam a crise política para “rasgar” a Constituição. Para ele, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tornou o processo viciado e nulo ao abri-lo por vingança — Dilma lhe negou apoio no Conselho de Ética. Em resposta, Cunha disse que Cardozo deveria se ater a “defender o processo”. Um eventual governo Temer (PMDB) não terá legitimidade, afirmou Cardozo. A comissão do impeachment deve votar seu parecer até o dia 11. A votação no plenário pode ocorrer no dia 17.      

O Estado de S.Paulo
"Governo avalia só dar cargos após votação de impeachment"

Parte da cúpula do Planalto quer estender negociações até o último minuto para evitar traições

Com medo de traições de aliados, parte da cúpula do governo defende a extensão das negociações de cargos até a votação, no plenário da Câmara, do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A previsão é de que o afastamento da petista seja discutido pelos 513 deputados a partir do dia 15. Segundo integrantes do governo, a ideia é amarrar acordos com o chamado centrão (PSD, PP, PR e PRB) e entregar cargos só depois da votação. O receio é de que, diante do alto número de dissidentes nesses partidos, o governo não teria tempo para fazer uma reforma ministerial em dois dias, prazo em que o processo de impeachment deve sair da comissão especial e ser votado em plenário. Há confiança entre os que negociam diretamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que ele “entrega o que promete”, o que nem sempre ocorre com quem negocia com Dilma.    
           

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