Opinião

De montadora, a indústria passa a importadora

O Estado de S.Paulo
O governo desistiu, ao que parece, de lutar contra a valorização da moeda nacional em relação ao dólar, que se desvaloriza, ao passo que os negócios no comércio exterior na sua grande maioria são realizados e faturados na moeda norte-americana. Isso explica que nossas importações tenham aumentado 28,2% nos primeiros meses do ano.

Não basta essas importações, que até recentemente se concentravam em matérias-primas e bens intermediários, terem tornado nossa indústria mera montadora de produtos de consumo duráveis, com destaque para a Zona Franca de Manaus. Agora, em razão de uma taxa cambial supervalorizada, as empresas brasileiras concluem que, para terem produtos a preço convidativo, devem simplesmente se transformar em importadoras de bens acabados, correndo o risco de agravar o processo de desindustrialização que começou alguns anos atrás com a importação de componentes.
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O novo vestibular da USP

O Estado de S.Paulo
Depois de meses de discussão, o Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) mudou as regras de seu exame vestibular, que é o mais disputado do País, aumentando significativamente o rigor das provas. Com essa mudança, que foi muito bem recebida pela comunidade acadêmica, a maior e mais importante instituição brasileira de ensino superior quer voltar a selecionar vestibulandos mais preparados e capazes de responder com igual desenvoltura tanto questões do tipo "teste", que exigem memória e decoração de fórmulas, como questões dissertativas, que exigem conhecimento e capacidade de reflexão.

Por causa do sistema de cotas sociais e raciais adotado nos vestibulares de universidades públicas, no decorrer da última década prevaleceu no Conselho de Graduação a preocupação de usar mais os critérios de inclusão social no processo seletivo da USP, o que acabou relegando para segundo plano a avaliação do mérito. Agora, diz o reitor adjunto de graduação, Paul Jean Jeszensky, o objetivo é melhorar a qualidade e o nível de escolaridade dos ingressantes.

Para alguns especialistas, as novas regras do vestibular da USP vão beneficiar apenas os candidatos oriundos da rede particular de ensino médio, que prepara seus estudantes melhor que as escolas públicas. Mas, para outros especialistas, o padrão de qualidade da rede pública é tão ruim que o número de ingressantes dela oriundos cairia mesmo que a USP não alterasse o seu processo seletivo.
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