Fala baixo!

Cunhado não é parente!

Sidney Borges
"Carro de lobista doado a coveiro levanta suspeita". Isso que vocês acabaram de ler saiu hoje no Estadão. Quando li pensei em responder: - Não me diga"! Acabei desistindo, lembrei-me de Paulo Francis que dizia que quem escreve para jornais é maluco.

No caso da matéria do Estadão a referência ao lobista generoso também me remeteu a um passado longinquo quando Brizola e Jango 
protagonizaram uma grande polêmica por serem cunhados e alguém cunhou a frase: "cunhado não é parente".

A matéria diz no lead: O Ministério Público (MP) suspeita que o lobista Paulo César Ribeiro, o Paulão, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), tentou "lavar" seu patrimônio pessoal doando bens a terceiros, inclusive a um coveiro de Pindamonhangaba, Vale do Paraíba. Documentos de posse de promotores de Justiça que investigam suposto envolvimento de Ribeiro em contratos fraudulentos para fornecimento de merenda escolar a administrações municipais indicam que o lobista transferiu para o nome de um seu funcionário, Lourival, uma Ford Ranger. Terrenos foram "doados" a outros empregados.

Como estamos vendo, Paulão comprou um sítio e colheu laranjas, muitas laranjas. E, tendo feito tudo dentro da lei, segundo palavras de seu advogado, nada tem a temer. Mas que é original, não há dúvida. Não é todo dia que alguém dá uma Ford Ranger a um coveiro. E terrenos a empregados. Tem gente que nem o salário dá! Dizem que uma vez ele foi surpreendido lançando notas de 100 aos pobres. Isso é ser bom. Paulão é a versão masculina da Madre Teresa de Calcutá. Merece passaporte diplomático.

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