Greve

Prefeitura de Ubatuba considera ilegal greve de Servidores da Santa Casa

Marcada para começar nesta sexta-feira, 04, a greve, segundo a Prefeitura, não acarretará em prejuízo para a comunidade

Cerca de 10% dos trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de São José dos Campos e região, até o presente momento, estão decididos a continuar com o movimento de greve, cuja deflagração está prevista para as 5 horas desta sexta feira, 4. A Administração do Hospital considera a greve ilegal, uma vez que já fez a antecipação do índice de inflação de 2005/2006 conferindo um reajuste de 3,34% aos funcionários.
Outra razão atribuída para a ilegalidade da greve é que vários benefícios exigidos já estão sendo discutidos judicialmente, por meio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), numa ação chamada dissídio coletivo, que decidirá quais são os direitos da classe trabalhadora. Outra reivindicação do Sindicato, um aumento de 35% no salário, é considerada abusiva e impraticável pela Administração.
A maioria dos funcionários que apóiam o movimento grevista é composta por auxiliares e técnicos de enfermagem. Eles exigem a equiparação de salários com funcionários do Programa de Saúde da Família, (PSF), um programa de iniciativa do Governo Federal, que conta com um repasse do Ministério da Saúde. Segundo a superintendente de avaliação e regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Dra. Dilei de Brito, essa equiparação é impossível, tanto pela falta de recursos municipais, quanto pelas diferenças nas formas de atenção à saúde. “O PSF possui uma verba destinada à manutenção de suas estratégias. A Santa Casa possui poucos recursos para administrar todas as suas necessidades. Além disso, são trabalhos tão diferentes, que não há comparação.”


Sem prejuízo à população

Caso os funcionários da Santa Casa decidam pela greve, a administração da Santa Casa trabalhará para que a comunidade não seja prejudicada. O prefeito Eduardo Cesar afirma que a situação está sob controle e que os serviços de saúde não serão interrompidos. “Quando a Prefeitura assumiu a Santa Casa, nós estávamos cientes de que esse tipo de manifestação poderia acontecer. O que nós não podemos, de maneira alguma, é deixar a população sem atendimento, uma vez que a saúde é nossa prioridade absoluta”, afirma o prefeito.
Se a greve for considerada juridicamente ilegal, os funcionários serão obrigados a voltar ao trabalho imediatamente e correm o risco de serem demitidos por justa causa. A administradora do Hospital, Quésia Kamimura afirma que a Santa Casa de Ubatuba faz questão de manter seus salários em dia, enquanto muitas outras instituições semelhantes atrasam os pagamentos. “Cada município tem sua realidade, não é possível ficar comparando. Nós estamos investindo em melhorias na estrutura física da Santa Casa, para proporcionar melhor atendimento à população. A melhoria nas condições de trabalho dos nossos funcionários também é uma preocupação, mas nós precisamos traçar prioridades.” PMU

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