Opinião

Melhores condições de saúde

Editorial do Estadão
O flagelo da fome, que até há pouco ameaçava quase um quarto das crianças do Nordeste (NE), praticamente desapareceu na região. O estado nutricional das crianças nordestinas com menos de cinco anos, medido pela relação entre altura e idade, agora é praticamente igual ao das crianças que vivem no Sudeste, a região mais desenvolvida do País. Medida por esse critério (altura-para-idade), a desnutrição infantil crônica no Nordeste apresentou a espetacular redução de 73,4% no período de uma década.
Esta é uma das constatações mais animadoras da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher. O estudo foi financiado pelo Ministério da Saúde e coordenado pela equipe de profissionais do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), com a participação das Universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp). O trabalho de campo foi realizado pelo Ibope, que ouviu cerca de 15 mil mulheres entre 15 e 49 anos, em áreas urbanas e rurais das cinco regiões brasileiras, entre novembro de 2006 e maio de 2007. O objetivo foi colher dados e informações para orientar o planejamento e avaliar os resultados das políticas públicas nas áreas de saúde e nutrição de mulheres e crianças.
A pesquisa vem sendo feita a cada dez anos e esta é sua terceira versão. Entre 1996 e 2006, as mudanças nas condições de vida e na saúde das mulheres e crianças brasileiras foram notáveis. A desnutrição crônica na infância, que afetava 13,4% das crianças em 1996, caiu para 6,8%, uma redução de praticamente 50%. No Nordeste, a queda foi de 22,2% para 5,9%, índice praticamente igual ao do Sudeste (5,8%), cujos principais indicadores sociais sempre foram muito melhores do que o do resto do País, e do Centro-Oeste (5,7%). A Região Norte também apresentou evolução notável (queda de 32%), mas seu índice, de 14,6% em 2006, ainda é alto.
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