Manchetes do dia

Sexta-feira 1 / 07 / 2016

O Globo
"Temer sanciona a lei que dificulta indicações políticas"

Dirigentes de partidos e sindicatos não poderão ocupar diretorias

Presidente veta, porém, restrição para que diretores participem de conselho de administração

O presidente interino, Michel Temer, sancionou ontem a lei que moderniza a gestão das estatais e dificulta nomeações políticas. Apesar da pressão de políticos, sindicalistas e entidades empresariais, Temer manteve os principais pontos da lei. Dirigentes de partidos e sindicatos terão de deixar o cargo e cumprir quarentena de três anos antes de ocupar diretorias de estatais. O mesmo vale para quem atuar em campanhas eleitorais. 

Folha de S.Paulo
"PF aponta desvio de R$ 370 mi em obras viárias e do Pan-07"

A empreiteira Delta e seu dono, Fernando Cavendish, foram alvos de operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal envolvendo os empresários Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Adir Assad.

Segundo investigadores, o esquema desviou R$ 370 milhões de obras públicas para empresas de fachada criadas por Assad e Cachoeira. A Delta teria recebido verba pública para fazer obras de infraestrutura que não saíram do papel e cometido fraudes na construção do parque aquático Maria Lenk, usado no Pan-Americano de 2007 e uma das arenas dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

As irregularidades, segundo a investigação, ocorreram de 2007 a 2012, nos governos Lula e Dilma Rousseff (PT). O dinheiro, disse um procurador, servia para propina a agentes públicos — os seus nomes não foram revelados. Cachoeira e Assad foram presos. Seus advogados disseram não ver fundamento para que fossem detidos. Cavendish, que também teve a prisão decretada, está fora do país. Sua defesa afirmou que recorrerá à Justiça contra a decisão.     
 
O Estado de S.Paulo
"Renan desengaveta projeto que pode dificultar Lava Jato"

Proposta prevê punição para ações que têm sido alvo de queixas de parlamentares

Na mira da Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), resolveu desengavetar e acelerar a tramitação de projeto de 2009 que prevê punições a abuso de autoridade de agentes da administração pública e membros de Judiciário, Ministério Público e Legislativo. Muitos itens da proposta lembram reclamações de parlamentares contra ações da Polícia Federal e da força-tarefa da Lava Jato. Um deles, por exemplo, prevê punição para cumprimento de mandados de busca e apreensão de forma vexatória. Outro prevê pena a quem negar, sem justa causa, acesso da defesa à investigação. Há ainda o que determina detenção de 1 a 4 anos para diligência policial em desacordo legal. A proposta está na lista de prioridades de Renan e passará pela Comissão de Regulamentação da Constituição, presidida por Romero Jucá (PMDB-RR), outro alvo da operação. “Não há ligação com a Lava Jato”, disse Renan. “Delação premiada precisa ter regras porque senão compensa o crime.”            
           

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